quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

" Vemo-nos na estrada. "




sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Não tenho nada para rascunhar, mas apetece-me.
E isso basta, pelo menos aqui.
Não tenho razão aparente para coisa alguma, mas penso.
E isso basta, pelo menos nesta forma de existir.
Não tenho.
Só tenho a ilusão de ter o que quer que tenho a ilusão de ter, que isso não é para aqui relevante.
Só tenho a sensação que crio, a vida que a imaginação permite.
Mas é um ter que não é de posse.
Possuir? Neste planeta não possuis nada.
Desculpa ter tomado a fala na tua pessoa, vou voltar ao que me compete apenas, não quero que este meu estado de agora, que trata apenas duma momentânea variância do ser, duma estranha e contraditória vontade de ditar, duma provocação a mim; não quero que este meu estado de agora interfira com o teu estado de qualquer outro momento.
Não tenho nada.
Ou melhor: não tenho tudo, o que não implica que tenha nada, mas também não implica que tenha alguma coisa.
Fiquemos assim: sou humana.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Se for lido bem o poema.

Não há nada mau em realizar coisas.
E por realizar entenda-se o significado da outra língua.
Entender, compreender, perceber que...

Não é que só agora tenha realizado certas coisas.
Mas é estranho. Parece que foi um percurso que teve de ser concretizado.
Fases da vida.
Coisas necessárias.
Motivos de gargalhadas no futuro.

Sinto-me mais leve.
E penso que assim vai ser mais simples de voar.

Foste algo.
Foste.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

O pastor amoroso perdeu o cajado,
E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta,
E de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe para tocar.
Ninguém lhe apareceu ou desapareceu.
Nunca mais encontrou o cajado.
Outros, praguejando contra ele, recolheram-lhe as ovelhas.
Ninguém o tinha amado, afinal.
Quando se ergueu da encosta e da verdade falsa, viu tudo:
Os grandes vales cheios dos mesmos verdes de sempre,
As grandes montanhas longe, mais reais que qualquer sentimento,
A realidade toda, com o céu e o ar e os campos que existem, estão presentes.
(E de novo o ar, que lhe faltara tanto tempo, lhe entrou fresco nos pulmões)
E sentiu que de novo o ar lhe abria, mas com dor, uma liberdade no peito.

Alberto Caeiro

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

" Dizem que é Inverno...
Eu acho que és Primavera. "


A tua cor faz-me bem.
Mesmo que apenas de longe.

sábado, 24 de novembro de 2007

E...

...deixarem de pintar o cabelo, não?
Deixas-me a pensar...
Sei que não é difícil, mas o meu pensamento contigo perde-se mais sinceramente. Não é uma questão de me querer perder ou não, não tenho opção.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade

Pablo Neruda


(pede-se desculpa pelo português do Brasil)





Ok, às vezes morro lentamente, mas é verdade que tento evitá-lo.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007



Closure.

Espantoso como funciona a nossa mente.
(Não leves a vida de uma forma literal. Dói, mas vale sempre a pena.)

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Liberdade.
Queria um dia de. Um mês. Um ano.
Queria uma vida livre de ti.
Porque as asas que me dás num momento, os voos rasos, não são a modalidade que quero para mim.
Não quero precisar de ti para levantar os pés do chão.
Não preciso. Basta ter a certeza disso.
E nesta lengalenga em que me tento convencer de tudo isto, continuo.

Basta ter a certeza disso.
E eu estou cada vez mais certa.
Pode levar tempo, mas a certeza virá.

sábado, 10 de novembro de 2007

E a lei da Inércia leva-me.
Como muitas vezes.

sábado, 3 de novembro de 2007

' não escutes as minhas palavras.
ouve antes os meus gestos.
sei falar... mas ainda não aprendi a dizer. '

d'aqui
É desta?
É agora o ponto final que é mesmo, mesmo final?
Eu quero que assim seja, e não sou a única, acredito.
Termina-se a dependência, termina-se o vício.
Acabam-se para sempre os "se's".
Tenho para mim que seremos mais nós sem esta adição.


.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Hábito

Tenho o hábito de julgar as pessoas
Pelos seus actos, não plo que dizem,
Palavras são palavras, e leva-as o vento.
Os actos são mais difíceis que as palavras,
E podem ser analisados objectivamente,
Portanto, baseados em factos concretos.
As palavras brotam dum cérebro pensante
Que os desmentem, por vezes, nos actos praticados,
E por isso têm que ser analisados subjectivamente.

Assim:

Eu tenho a péssima mania
De não ouvir palavras, mas factos.
Tenho das palavras, fobia,
E a monomania dos actos.

Lisboa, 15-4-85
Santos Almada





Se leres bem, faz sentido.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.


I O Guardador de Rebanhos - Alberto Caeiro

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

É tão bom dormir pouco, dormir mal, não dormir.
Refilar com alguém, ouvir alguém refilar, e nem sequer no final, mas no meio disso desatar a rir da situação.
É tão bom saber que alquela pessoa tem tantas qualidades como defeitos, mas que é indispensável, e que as qualidades de toda a gente juntas são tão importantes como a junção de todos os defeitos.
É tão bom andar, andar e andar, sem fôlego, sem muito mais energia, mas com uma força comum que parece inesgotável.
Tão bom chegar ao objectivo, contemplá-lo.
Tão bom ser uma equipa e ser um grupo que ainda tem muito para andar.
É tão bom ver todos aqueles olhares.

O escutismo não é perfeito, tem os seus defeitos, mas vai-te ajudar.
(Diz uma música, não propriamente isto, troquei 'cne' por 'escutismo'.)

E não me imagino sem os defeitos e qualidades do escutismo. (Felizmente.)
Tinha saudades de tudo aquilo (inclusive a posterior dificuldade de movimentos x).





Escolhi pôr isto em primeiro lugar porque...
Porque aos poucos temos de encontrar prioridades, e se isto parece fazer-me melhor...
Fazes muito mais do que o Sol.
(Quando queres.)



Mas o Sol não é teu (ponto).
Vai-se conhecendo as pessoas aos poucos, ou então aos poucos vamos vivendo coisas que nos permitem entender melhor outras coisas. Sabemos disso.
Se antes pensava que eu complicada algumas coisas, agora sei que toda a gente complica alguma coisa, por mais simples que essa complicação seja.
Não percebo muito bem qual é a peça que ainda está a faltar, talvez seja o facto de complicarmos demasiado a vida.
Não é uma máscara básica que vai cobrir isso, descansa.

domingo, 14 de outubro de 2007

Há dias... (II)

Há dias que gosto de estar sozinho,
De não ver ninguém, não ouvir ninguém.
Hoje é um desses dias.
Tudo o que me rodeia é cinzento.
Talvez do dia ser de cinza,
Talvez do meu estado de alma.
Sinto-me só, sem ninguém
E falo com tanta gente todos os dias.
Às vezes pedem-me um poema.
Eu faço-o como sei, como o sinto
(Toda a gente faz como sabe, é óbvio).
As pessoas hoje em dia
(Salvo raríssimas excepções)
Só sabem receber, não sabem dar,
E sabe tão bem uma palavra tão simples!
Hoje estou nos meus dias cinzentos.
Triste, só, falando com muita gente.
Não me digam nada, que eu não oiço ninguém!

Deixem-me gozar tristemente a minha tristeza.

Santos Almada - Abril de 87







Mas os Amigos são para isso.
Para nos obrigarem a partilhar alegremente o gozo da própria tristeza.
Os Amigos e as Concertadas, (mesmo que concertadazinhas).

E depois as coisas parecem menos cinzentas.
E até se ganha um sorriso, e se realiza a sorte Enorme que se tem, e os minúsculos problemas que se criam.

sábado, 13 de outubro de 2007

Lado a Lado





'Nem sei qual é de nós mais desgraçado.'






'O que foi que se passou?'

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Não deves ceder ao infortúnio, meu filho. A dúvida e a tristeza são muitas vezes um casamento com deuses do mundo monárdico. Deixa que o Destino disponha de ti; os Deuses não são sábios num sentido mais divino, mas são regulados pelo Destino mais sábio que subjaz a todas as coisas. Não és mais sábio do que muitos homens fracos. Não és mais fraco do que muitos homens sábios. És apenas uma criança, como são todos, nas invisíveis mãos orientadoras do Grande Amante da Matéria Monádica. Romance do subconsciente é disparate. Romance do Mais do que Consciente, se quiseres.
O homem não é mais débil do que os próprios deuses; é apenas mais pequeno em matéria. É perdoado através da matéria física, pela redenção do Fogo e da Água, no Casamento dos dois triângulos, assim: [símbolo]
Isto não tem nenhum sentido, a não ser que seja «olhado» desde o outro lado. Tens de aguardar e ter esperança.
A tua presente tristeza e dúvida é a soma sob as árvores do jardim, nem sequer a nuvem que passa na frente do Sol. O Sol Eterno não tem nuvens, salvo os nossos olhos estarem fechados para ele.
Tu és um homem já monadicamente casado. Casado com a Margaret Mansel - não com a Margaret Mansel no estado somático, mas com ela no super-estado monárdico. Não tornes uma coisa boa numa coisa má duvidando dela. Estás mesmo à beira. Espera.


Fernando Pessoa - Um texto de Prosa Íntima






O Pessoa acalma a alma. Amansa o espírito.
Por momentos esqueço-me do que quero esquecer.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

(Im)Perfeições à parte.
Aviso desde já que este texto se dedica inteiramente à felicidade de ser pelo menos como se é.
E faz-se desde já reparar na diferença entre perfeccionismo e egocêntrico pretenciosismo a perfeição. (É que a diferença é bastante larga e, pela distância de percurso, não é alcançada por todas as almas.)
A perfeição terrena talvez não exista. (Não acredito minimamente na última frase.)
Duvidar da penúltima premissa é humano, e decerto não implica acreditar que se é perfeito e/ou capaz de criar em perfeição.
Conversas sem credibilidade, essas sim nunca (mas nunca mesmo), serão perfeitas.
Coisas humanas... O ser humano não pode ser perfeito. O que não implica a existência ou não da perfeição.
As tais almas entendem? Será?
Passando à parte anunciada no início, esta é a parte onde as almas que não alcançam a diferença que segue o anúncio não se sentirão particularmente afectadas, (porque são as tais almas).
Para um reforçar de autoestima, no mínimo, é excelente uma conversa com as tais almas.
Passa-se a gostar até dos próprios defeitos, a sério.
'Ninguém é perfeito.' Sabias, oh tal alminha?
E eu gosto tanto de ser a tua 'dor no pescoço', para não traduzir a verdadeira expressão britânica.
Oh alminha, tens piada, mas nem tanta. Arrepias, mas num mau sentido, naquele do nojento.
Mas tem calma, não tens grande efeito para além do arrepio.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Penso em ti no silêncio da noite, quando tudo é nada,
E os ruídos que há no silêncio fazem o próprio silêncio,
Então, sozinho de mim, passageiro parado
De uma viagem em Deus, inutilmente penso em ti.

Todo o passado, em que foste um momento eterno,
É como este silêncio de tudo.
Todo o perdido, em que foste o que mais perdi,
É como estes ruídos,
Todo o inútil, em que foste o que não houvera de ser
É como o nada por ser neste silêncio nocturno.

Tenho visto morrer, ou ouvido que morreram,
Quantos amei ou conheci,
Tenho visto não saber mais nada deles de tantos que foram
Comigo, e pouco importa se foi um homem ou uma conversa,
Ou um parvo omitido do mundo,
E o mundo hoje para mim é um cemitério de noite
Branco e negro de campas e árvores e de luar alheio
E é neste sossego absurdo de mim e de tudo que penso em ti.

Álvaro de Campos - Primavera de 1933











Se o tempo passa, sou suposta aprender alguma coisa com o girar dos ponteiros do relógio. Se realmente aprendo ou não, quem sabe?
Mas o girar particular destes ponteiros têm-me feito... a palavra não é entender, mas digamos que... têm-me feito (pensar) ver que nesta particularidade não posso, nem podes, exigir. (Ainda pensei e tentei especificar alguma coisa, mas é realmente difícil, e talvez a realidade é que não se podem fazer exigências, ponto.)

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

IN CASE OF FIRE

They had finally some to grips
And the pieces somehow fit
Could it be?
Yet something's lingering
“What is it?”

At first she had her eyes down staring at the floor
Uncertain, she lifted them to find the words
Shouting from the wall
Like a devil on her shoulder reading…

In case of fire, leave the area immediately
Avoid it, yourself from any more grief
In case of fire leave the area immediately
Avoid it, disappear but please don't jeopardize

“What is it? It's wearing me out asking this!” he said
“I refuse to be left in the dark
I've been ringing out every last drop
Ringing out everything I am
It's out for you
Everything I am
There's no disguise
Would you just trust me this time?”

He always swore it was…
Swearing unconditional
And she's ready to call it off

“What is it? I'm getting so scared asking this.”

Comeback Kid







Sem nenhum significado em especial (a música) acredita, soa bem.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Não ligues, depois passa.
Como (não) dito, está tudo certo. Estás certo.
Eu também estou certa, às vezes.
Mas já disse, não ligues; à minha razão ou falta de.
Se houveram erros, e houveram, a culpa tem dois donos.
E sinceramente...
Sinceramente o quê? Esquece lá.
Esqueço-me das coisas facilmente; por que é ao longo desta história (quê?) me dedico às excepções?
Já foram demasiadas horas de uma só vida gastas com... uma pseudo-qualquer-coisa. Demasiadas.
A culpa não é só minha, repito, se o ponto final não é final.
E sinceramente, quero a paz que é devida até ao pior dos piores seres, e sei que não sou a única.
É estranho o rumo das coisas, sim. Como se estivessem a escrever uma novela épica ou coisa do género. Se não existe alguém a brincar com as linhas da tal tapeçaria onde toda a história da existência se encontra; a brincar ou simplesmente incompetente; então porquê tudo isto? porquê esta maratona?
Lá está. Acho tão surreal que continua difícil de acreditar que sou uma personagem, e quando não realizo esse facto até encontro alguma piada nestas coisas da gente jovem que ainda não tem muitas cicatrizes no coração, mas que para lá caminha.
Desvaneio, eu sei.

Volta-me à ideia a tua cor e parece que chove sobre tinta molhada.
Espero que o tempo até ao verão se encurte.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

juro que amanhã eu saio.
espera por favor até amanhã.



liga-se a rádio e de vez em quando uma coisa ou outra entra no ouvido.







é complicada esta mania do 'amanhã'..

(se as portas da frente estão fechadas, ajudas-me com as janelas?)

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Perco-me em sítios (aparentemente) muito grandes. Certo, não é tão grande como isso, mas perco-me em sítios estranhos (em variados sentidos).
Perco-me em sítios com muita gente, perco-me no gelo daquela gente.






Fazes-me sentir perdida.

domingo, 16 de setembro de 2007

Everything Changes

If you just walked away
What could I really say?
Would it matter anyway?
Would it change how you feel?
I am the mess you chose
The closet you cannot close,
The devil in you I suppose
'Cause the wounds never heal.
But everything changes,
If I could turn back the years,
If you could learn to forgive me
Then I could learn to feel.
Sometimes the things I say
In moments of disarray
Succumbing to the games we play
To make sure that it's real.
But everything changes,
If I could turn back the years,
If you could learn to forgive me
Then I could learn to feel.
When it's just me and you.
Who knows what we could do.
If we can just make it through
The toughest part of the day.
But everything changes,
If I could turn back the years,
If you could learn to forgive me
Then I could learn to feel.
Stay here together
And we could
Conquer the world
If we could
Say that forever
Is more than just a word.
If you just walked away
What could I really say?
Would it matter anyway?
It wouldn't change how you feel.
(Staind)




Diz-te alguma coisa?

sábado, 15 de setembro de 2007

(from Soma)

Não está no tempo correcto, (a frase e a constatação).

domingo, 2 de setembro de 2007

'Sing me a love song'.


Não sou eu que te peço seja o que for, só transcrevo uma frase de uma fotografia encontrada na net (na inter, porque não tenho coragem de visitar a intra... tenho medo do que possa encontrar).
Se a vida fosse tão simples como um álbum, mas sem contratos, prasos, objectivos concretos... ou coisa que seja, cujo objectivo fosse estabelecer limites e obrigatoriedades (não chegará a DGV?). Uma melodia alegre daria à letra um tom de hino; mas se a vontade fosse para outro qualquer sentimento em que se querem poucas e pobres cores bastaria trocar o ritmo e instrumentos.
A letra, que traduziria todo o enredo da vida, diria o que há muito está por dizer, e que continua ainda a flutuar num denso nevoeiro em tempo de verão.
Mas quem estará agora disposto a cantar?

(Eu mal estou disposta a manter-me acordada, por isso um dia continuo. E o mal é continuar a acreditar eu própria nas minhas mentiras.)


Cantas?

sexta-feira, 31 de agosto de 2007


(unknown author)


Ohh ^^

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Canção à Inglesa

Cortei relações com o sol e as estrelas, pus ponto no mundo.
Levei a mochila das cousas que sei para o lado e pró fundo
Fiz a viagem, comprei o inútil, achei o incerto,
E o meu coração é o mesmo que foi, um céu e um deserto.
Falhei no que fui, falhei no que quiz, falhei no que soube.
Não tenho já alma que a luz me disperte ou a treva me roube,
Não sou senão náusea, não sou senão cisma, não sou senão ânsia,
Sou uma coisa que fica a uma grande distância
E vou, só porque o ser é cómodo e profundo,
Colado como um escarro a uma das rodas do mundo.

Álvaro de Campos (1928-12-1)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Definitivamente não sou capaz, e acho que a quantidade de vezes que rascunhei, apaguei, rascunhei e voltei a apagar esta conjugação de palavras só o pode provar.
Não sou capaz de passar para letras o que quer que seja, muito menos coisas... assim.
Não ia mudar esta minha ausência de talento agora. (Note-se algo impossível de se ver aqui, em que não existe o papel que imortaliza a tinta, que o rascunhar e apagar é dolorosamente constante.)
Julgam entender minimamente... até se acha facilmente piada a uma maratona destas, 'são coisas da vida, natural'.
Tantas vezes afirmei que era grandioso!, maior que tudo... Tantas outras vezes usei o arrependimento para pensar que era inútil, infantil, comum! Nunca soube bem o que pensar sobre... nunca. Tudo muda a velocidades que à luz fazem inveja; tudo se transforma, como naquela lei.
Continuo sem saber o que pensar, e a partida desta corrida em passo alternado já se ouviu há muito. Ou talvez a ideia seja testar a noção de tempo e paciência que se encontram nesta terra...
Rascunho, apago, rascunho, apago... E o que é mesmo verdade é que continuo sem saber o que pensar.
Não sei se tenho algo para dizer, as palavras não parecem ter grande importância. Sou assim, não gosto daqueles filmes com histórias banais de falsas perfeições, não gosto daqueles diálogos pré-concebidos. Sou assim... misturo temas, baralho ideias, não sei de mim. Perdi-me há muito, nem me lembro ao certo se alguma vez estive encontrada.
Parece um vício, sabes? Talvez seja isso.

E continuo sem saber o que pensar.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Tacto.

É definitivamente o que me falta, mas escapou-me isto na altura de pedir os desejos. Tento para o ano?
Para o ano pode ser irremediavelmente tarde, não pode? Se calhar fico então deitada a olhar as estrelhas em busca de uma cadente que me queira fazer a vontade.

Se eu tivesse um pouco mais de tacto quem poderia ser agora? Certo... enfrentado a realidade... Era agora uma pessoa de igual nome, mas de diferente pronunciação, definitivamente. Seria mais pessoa, (e mais Pessoa? isso talvez nunca); seria mais gente; mais de carne e osso não seria, seria sim de mais essência e sangue, talvez.
O tacto faz-me falta. Não é que profunda e pessoalmente isso me faça grande diferença, (ou faz? se tu fazes, e se o motivo de tudo é a falta de tacto, talvez faça diferença... ou talvez simplesmente não faça.); mas as pessoazinhas que cruzam a minha existência (porque as pessoas e as Pessoas não me obrigam a nada; são existências que no contacto com a minha não me fazem sentir falta de nada, fazem sentir abundância de muito, isso sim.), essas outras é que no seu percurso fazem questão de relembrar outros caminhantes que o tacto faz falta para uma sobrevivência mais simpática na selva.

Oh... Quem é que estou a tentar enganar?
A verdade é que a sobrevivência simpática é a que magoa menos, a curto prazo pelo menos. E se magoa menos, o tacto faz realmente muita falta.

Não percebi.
Certo... Era para perceber?

sábado, 11 de agosto de 2007

Run away, run away, I'll attack .






E o melhor é acreditar. (Como tu sabes bem que não minto...)
De cada vez que tento fazer uma pausa para (tentar) pensar, (sobre o quê, será um outro assunto mais complicado, se é que me entendes; e tu entendes), sinto na antecipação o cansaço, em forma de frustração pela impossibilidade de domar o meu próprio barco de papel. Não fosse a arte do Origami tão espectacular e seria capaz de pensar que a culpa é da qualidade dos materiais, que não me deixam tomar o leme; mas sei que não, se a culpa tiver um dono com nome será o nome que assino quando estou acordada. Culpa de quê? Porquê? São perguntas a mais para um culpado só; mas os juízes não estão interessados nas capacidades (ou ausência de) dos criminosos, sabemos disso.
Não estou sozinha a enfrentar a audiência, também é algo que sabemos.
Acusações partilhadas... são um bem comum.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Guess we'll have to wait and see.


















E é tudo aproximadamente assim.
Demasiadamente aproximado.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

(Vila Real)



São pequenas porque são só de quem as vive.
São imensas sem qualquer brilho ofuscante;
Imensamente particulares, imensamente curiosas;
Mas imensas!
Ao menos se alimenta a alma de histórias pequenas...
Sem certezas, nem verdades absolutas;
Se aqui neste sítio se vive a vida aos poucos,
Com accção reduzida à estadia nos céus.
Outros fazem sonhar, arrependidos...
Com pontuação limitada e certezas de nada,
Uns vão sonhando, escondidos...
Apenas se estabelece a hierarquia pela diferença de estatuto;
Não altera o valor de verdade do que se escreve dizendo,
Não poder escrever frases com um ponto final
Era tudo pura ilusão.
Se alguma vez se pensou existirem certezas
Daquelas que dão a volta ao cálculo da alma.
São coisas estranhas,


Saber ler não implica saber ver o que está escrito.






I see you, you see me.

quinta-feira, 26 de julho de 2007







Há sensações estranhas.
Há sítios que nos fazem sentir em casa; daqueles que dão saudade antes da partida.
Há tanto para tão pouco tempo e paciência.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Por quem foi que me trocaram?



(autor)



Por quem foi que me trocaram
Quando estava a olhar pra ti?
Pousa a tua mão na minha
E, sem me olhares, sorri.

Sorri do teu pensamento
Porque eu só quero pensar
Que é de mim que ele está feito
É que tens para mo dar.

Depois aperta-me a mão
E vira os olhos a mim...
Por quem foi que me trocaram
Quando estás a olhar-me assim?

Fernando Pessoa






Tal como O Mestre disse: 'todas as cartas de amor são ridículas', 'não seriam cartas de amor se não fossem ridículas', 'mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas'.

Só é de realçar que este post trata de uma experiência, a fim de verificar umas alterações (no blog, claro!); que nada tem a transmitir é ponto acente.

domingo, 8 de julho de 2007

Sunday, July 8, 2007
Leo (Jul 23 - Aug 22)


A romantic situation may have grown larger than life and it could feel like you are in over your head. What began as a light and easy connection quickly intensified. A crisis now can awaken you from your slumber. It's time for you to roar like the lion you are. Watch out, world!



'watch out!' xD


What a veeery strange world. So many coincidences, and all for what?
There's one thing I'm sure: there are people who get into our lives and never ever leave out.
We don't really know each other, that's true. But there's something weird in all this.
You'll always be special in a special way, a very particular way.



Ups! 1,2... Experiência. 1,2... Houston?
Este aparelho está avariado? Agora já se lê bem!? Já está?
Uff!
Ahaha! 'Cuidado!' ?
Quem ler até pensa que sim.

A verdade é que é mesmo mesmo 'weird'.
Honesta e modestamente, muito muito sinceramente, não um filme, porque seria muito comercial, mas um livro isto tudo já podia dar. OK, no mínimo um primeiro capítulo.
Nunca se pode prever o que vai acontecer quando as duas personagens se juntam no mesmo perímetro.
Nunca. Mesmo nunca.
Talvez resultasse mesmo um enredo interessante. Que me dá voltas ao estômago, dá.
Nunca sabem as personagens o que trazem os próximos capítulos, ou se existem sequer próximos capítulos.
O que EU sei, ou aquilo em que acredito, às vezes, é que tudo, e todas as coisas estranhas que só parecem confirmar que alguém estuda mesmo muito muito bem o que julgamos acaso, imortalizam este... esta... ? (Talvez seja mesmo para não ser entendido ou nominado. )
O que quer que seja, é imortalizado na minha consciência de prazo curto, numa existência cuja durabilidade não se conhece em presença terrena.



Fico assim.

Hoje gostei da tua cor.

Gostava de não pensar tanto.

domingo, 1 de julho de 2007

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
E o mundo nos leve pra longe de nós
E que um dia o tempo pareça perdido
E tudo se desfaça num gesto só.






Lamechices e músicas platónicas precisam-se às vezes.
Máquinas de voltar atrás no tempo também (por muitos motivos). As últimas realmente são impossíveis (ou quem sabe...?), e talvez sejam inacessíveis porque são perigosas, e talvez O Pessoa tenha razão (mais uma vez), e o importante não seja o presente, mas sim a realidade, a verdadeira existência das coisas. Não sei, não conheço a minha e a tua verdadeira existência... sei talvez que, não no presente, mas na realidade, não existe um nós.
Não me lembro do passado, e não sou capaz de prever o futuro.
Esta comum ausência de capacidades, tanto de relembrar como de imaginar, talvez seja o sabor agridoce desta vida aqui.
Há tantas, tantas, tantas, tantas mesmo... tantas coisas que não compreendo; que não sou capaz de explicar; que me assustam só de pensar...
Não posso no entanto aplicar a mesma frase, embora mudando o objecto da mesma, às pessoas que encontro. Na verdade, embora muitas, mesmo muitas, não compreenda... Poucas me assustam tão verdadeiramente como








'Mesmo que(...)'

Sabes, não sei fazer previsões, por isso o que está ao meu alcance é apenas a 'esperança' (o nome não está correcto), por isso:
Espero um dia

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe.
Sinto crenças que não tenho. Elevam-me ânsias que repudiu. A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me aponta traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única central realidade que não está em nenhum e está em todos.
Como o panteísta se sente onda e astro e flor, eu sinto-me vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, imcompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, imcompletamente de cada, individuado por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.

Fenando Pessoa - 1915






Tesouros inestimáveis. São palavras assim.
Tesouros são também as surpresas boas ou más: dão sabor à vida.
Resta saber o decorrer do enredo.


( 5 dias de coisas interessastes querem-se - muito! ^^ )

domingo, 24 de junho de 2007



Gostava de saber gostar de te ver ao sol, Leãozinho.

sábado, 23 de junho de 2007

Aguarda os acontecimentos. Não te admires com o que acontece. (...)

Explusa a dúvida com esperança ardente.
Começa a trabalhar numa cura da mente.

Não. Sê mais firme. (...)

Fernado Pessoa













' Take the risk of being true to yourself and be ready for whatever happens. '







Nunca se sabe. Mesmo nunca.
Não estou capaz de coisa alguma agora, durante os próximos tempos.
A alma cansada, o corpo desgastado... Mas nem tudo é mau.
(Aliás, é bom ter coisas boas a agradecer.)

domingo, 10 de junho de 2007

It's an important day, yet it may be difficult to keep up with everything you have going on. Don't worry about failure; you will be fine if you can stay on task. Avoid getting sidetracked by anyone who lures you away from your obligations now. Keep bringing your attention back to simplifying your life or you may sail into the fog of your own fantasies. Keeping things real today can help prevent disappointment later.



Diziam ontem.
Não é que isto às vezes... !

sábado, 9 de junho de 2007

Há entre mim e o mundo uma névoa que impede que eu veja as coisas como verdadeiramente são - como são para os outros.
Sinto isto.

Fernando Pessoa





Instantes que parece simpáticos.
(Instantes.)
(Parecem.)

Ciclos terminam, novos ciclos surgem.
Ou então não existem simplesmente ciclos, e estamos só a tentar passar o tempo.
Talvez.

sábado, 2 de junho de 2007





Nadando na internet encontrei ambos.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

Alberto Caeiro






Não é a primeira vez deste quadro perfeito aqui, mas quando leio isto é mesmo um quadro que imagino.
O quadro duma história que não me é estranha.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

(Esgo)taditos ...

... de nós =\




O dia virá! ^^









(Não tens importância, reparaste? Nem sequer interessa se sim ou não. Simplesmente nunca tiveste relevância alguma. Andava confusa, só isso.)

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Problema

+

Solução

+

Chatices (pelo meio)

=

VIDA
(Pois é, bébé. x')






Ai...
Se tudo fosse assim...


Se a realidade pudesse ser estudada analiticamente a vida seria muito (muito) diferente:
1º Toda a gente estaria interessada em conhecer a Matemática;
2º Toda a gente gostaria de Matemática (ou faria o esforço, que é pequeno);
3º (Mas não menos importante) Toda a gente seria um pouco (muito) mais feliz, (seja/implique isso o que for/implicar).

Ah! Haveriam também aqueles mestres da calculadora gráfica, que tentavam pôr o significado da vida na memória dos programas, para ver se tornavam tudo mais simples.
Mas como eu não me ajeito com os programas e com os (chatos dos) gráficos... tava mal, tava.



P.S.: (Que já me estava a passar ao lado - pela 2ª vez no dia de hoje - ou ontem)
É importante SUBTRAIR AS ABCISSAS (da vida?).
Como ainda acima está: "= [igual] VIDA"

("It was an honest mistake." - diz a música do CSI, que me está a chamar neste momento - o CSI, porque a música terminou, como a vida, eventualmente.)


Ahh!
Para terminar (porque parece que hoje não me apetece muito sair daqui x), volto a lembrar:

(...) Salvámo-nos na fuga. (Eu acho que sim, tu, não sei.)
Mas não foi Assim

Naquele dia parecia
Que tudo iria dar certo
Acordei tarde e confiante
Em conseguir tudo o que queria

Já com o sol bem alto
Eu decidi seguir o meu caminho
Hoje era o dia de alcançar
Tudo o que tinha sonhado

Sai pra rua sem querer saber
Aquilo que me iria acontecer
Senti que tinha chegado o momento
De correr tanto ou mais que o vento
De correr tanto ou mais que o tempo
Ah... mas não foi assim...

Mas a vontade de alcançar
Foi muito mais forte do que eu
E que tamanha era pressa de chegar
Que nem sequer me apercebi
O que foi que me aconteceu

Deixei tudo pra trás sem querer saber
Deitei tudo a perder sem sequer pensar
Em tudo o que apostei naquele momento
Eu quis correr contra o vento
Eu quis correr contra o tempo
Ah... mas não foi assim...

(Xutos)





- Não foi?
- Hum? Sei lá!


Eu (acho que) sei uma coisa...

(...) Salvámo-nos na fuga .

sábado, 5 de maio de 2007

Como quando não consegues tirar algo da tua mente: fechas os olhos e não nada para além do que tanto desejas.
Como quando pegas numa caneta e só te apetece escrever uma única palavra, ou fazer um único desenho.
Como quando não tens vontade de falar sobre outro tema, e tudo o resto simplesmente não te atrai.



A 'SCV100 Lead' tem esse efeito nas pessoas. ^^
É 'outra coisa'... E significa muito.




(Certo... É pequena e simples. Mas para quem vai começar é apenas Perfeita. Mais ainda para alguém que ouvia sempre a mesma palavra quando o tema era tal. ^^ )



Pode ser?
Hum...?

Porto-me bem, e faço os TPC's todos! ^^

terça-feira, 1 de maio de 2007

Poema em Linha Reta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Álvaro de Campos




Pessoa, Álvaro de Campos, lêm-me a alma.







Nada é para sempre...
A vida dói, corta profundamente, e vai retalhando os que cá ficam.
O que há a fazer é esperar, apenas.
Nada há a fazer a não ser passar o tempo que é nosso aqui.
Nunca se sabe se é muito ou pouco, apenas que é de cada um que tem mais do que o direito, o dever de o gastar.
A vida dói.
Tem coragem, é essêncial...

sábado, 28 de abril de 2007

Be careful with what you wish. It might come true.

Tem cuidado com o que desejas. Pode concretizar-se.


Acredito que tudo acontece por um motivo. Tudo.
Acredito que no final, mesmo no Final, Tudo se vai juntar e à moda da sempre certa matemática, uma equação com uma só variável, igualada a zero, dará o derradeiro resultado, aquela coisa que muita, muita gente procura: o “porquê?”.
Acredito que tudo fará sentido. Tudo.

E é de agradecer o esforço que muita gente tem de me fazer entender de uma ver por todas o sentido da rotação do mundo, (agora só tenho algumas dúvidas na translação).

Obrigada.




Mudanças, (quer boas ou más, isso não interessa porque só se descobre quando tudo volta a ficar monótono), são sempre apetecíveis, ou quase sempre.
E aí vêm elaas!

domingo, 22 de abril de 2007

"Por que é que há coisas que tenho medo de dizer, de escrever?"; "Por que é que há coisas que tenho medo que oiçam, que leiam?"; "Por que é que ando tão diletante, e nada me entretém por muito tempo?"; "Por que toda esta inconstância?"; ...




Tenho medo das minhas fraquezas.
Logo, tenho medo de ti.
(A premissa do termo não-sei-quê foi omitida, sim.)

sexta-feira, 20 de abril de 2007




Porque gostei desta imagem, e há muito que não vinha parar aqui outra coisa que "strecks" meus.

Hoje choveu, e eu gosto de cabelos molhados.
(Só não gosto é de franjas molhadas!)


"- Rápido manaa!"

Tenho de me despachar.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

- Odeio mesmo essa tua mania de me saber de cor! Largas-me a vida? - perguntou, sem esperar resposta.
Enganou-se. A resposta era este silêncio cortante que muito dizia a quem o quizesse ouvir. Incriminador, cruel, mas verdadeiro. Ao silêncio não se podia atribuir culpas, afinal, quem é estava certo ali senão ele? (A resposta que lhe queiram dar não interessa: o criminoso seria sempre o mesmo.)

sexta-feira, 6 de abril de 2007

“Quando te livrares do peso
desse amor que não entendes,
vais sentir uma outra força
como que uma falta imensa.”

(Xutos)




Eles sabem o que dizem.

Fazem faltam mais dias iguais àqueles.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

E cada vez mais percebo o tão pouco que valho, o nada que tudo significa, a efemeridade despresível que tudo isto é.
Não consigo fechar os olhos em paz interior, adormecer com serenidade... não consigo. A consciência, a réstea de noção da realidade, uns breves momentos de lucidez... tudo me vem à mente, e me lembra constantemente de que não mereço um sono tranquilo.
E o sono não vem.

domingo, 1 de abril de 2007

Hmpf!

Quase que me arrepiei.
Para efeitos platónicos a tender para o melodramático… Não!, não me arrepiei.
Não tenho saudades. Tenho a mente muito clara. Estou no meu melhor.
E hoje é o dia das Mentiras!

Agora imaginando que hoje era dia 2 de Abril. (Ou outro dia qualquer do ano que não hoje.)
Isto não me está a fazer grande diferença, sabias?
Não há nada insubstituível. Nada é para sempre.
Encontramo-nos pelo Mundo.

quinta-feira, 29 de março de 2007

São tantos, tão especiais. Cada um único, nem que apenas para si... e para o reflexo, que é o que importa!
Como é que pode ser possível estar ao nível de tantas e tão grandiosas existências? Cada um é uma estrela! (Arde, e arde... maravilhada com a sua própria luz! E que bonita luz! Única! Sim, única num universo cheio de outras estrelas, todas elas com luz única também.)
Lamento, mas sinto-me ofuscada com tão solitárias estrelas polares.



E sabes que mais?
Acho que não, não é verdade que 'um piano é desnecessário'. Pelo menos hoje não me apetece pensar que seja.
E sim, 'ter ouvidos' é bom. Mas não é tudo.
É como o 'amar a natureza': talvez não seja assim tão essencial.
Hoje não gosto desses passados. Talvez porque em dias de maior lucidez consiga perceber que isso tudo não é passado ainda. (Alguma vez será?)
Hoje talvez esteja mais lúcida. Ou então só me apetece muito (muito) contrariar, (ou confirmar o esperado).

domingo, 25 de março de 2007

“You may be delving into your own feelings so that you have a better shot of understanding a current relationship. Perhaps you've been distracted recently, but now you are sinking into the realization that it's not up to anyone else. The choice is yours. You don't even need to tell anyone about your process. Just feel your way into your next phase of emotional development.”





Se o dizem.
“Nem sequer precisa de dizer a ninguém.”
É impressão minha, ou os problemas vêm todos do facto de eu pensar que “nem sequer preciso de dizer a ninguém” o que quer que seja?


Acreditas que tenho saudades? Eu não.
Argh!

quinta-feira, 22 de março de 2007

" Largas-me a vida? " - perguntei.
Ele disse que não.


Claro! De prever era tudo isto, não?
Sei bem como sou, logo, sabia muito bem como ias ser.
Não estou (mesmo) nada feliz por ter conhecido alguém tão (incrivelmente) parecido comigo. Aliás, estou Farta desta situação (e a letra maiúscula dá-lhe entoação, espero).
Cansada de ti! Cansada dos dias sempre parecidos.
Cansada de detestar em ti o mesmo que detesto em mim!
Cansada de estar sempre e constantemente a esquecer o que odeio em ti pelo que tu tens de bom, que é o que eu tenho de bom.
Isto é tão estranho. É como se o que sinto por mim fosse posto em causa. E eu percebo que não me suporto!
Mas disto já eu suspeitava, acho.
O que me está a torcer a alma, a estrangular a respiração, o que me estraga as tardes de sol é esta existência!
Quem é que se esqueceu de partir o molde quando me fez? É que, muito seriamente, essa alma estupidamente infeliz deveria ser responsabilizada pelo mal que trouxe ao mundo.
Com um eu talvez ainda fossemos capazes de sobreviver. Agora, dois?! Isso nem eu suporto!
Obrigada, almas gémeas existem, mas não são para mim.


E volto a repetir:
- Largas-me a Vida? (É que... falo (mesmo) muito a sério!)

quarta-feira, 21 de março de 2007

Primeiro dia de Primavera do ano.
- Bonito, certo?
- Não. Porquê, devia?





Dói-me a alma, e pouco mais.
Porque pouco mais há a doer,
talvez só por isso.

Não gosto da forma como sou inconstante.
Não gosto da forma como não és constante.
Odeio a minha mania de levar as palavras demasiado a sério.
Detesto a tua maneira de levar as palavras demasiado a sério.
Odeio a tua mania de falar de mais.
Detesto a minha mania de falar de mais.

Quero uma vida nova para mim. Longe daqui, a partir do zero.
Desejo tão profundamente nunca ter conhecido alguém tão parecido comigo, que dificilmente alguém o entenderia. (Talvez tu, que sofres do mesmo mal.)

Apagar a memória não era mau pensado.
Odeio mesmo essa tua mania de me saber de cor!
Largas-me a vida?

terça-feira, 20 de março de 2007

"Avião sem asa,
Fogueira sem brasa,
Sou eu assim sem você ."



" Novidades? " - perguntaram-me.

Está tudo tão perfeito, que só de pensar arrepia.
Ás vezes retomo consciência e de duas hipóteses três. Assusto-me, fico com medo ao pensar no inevitável fim que tudo tem, (porque é que a Lei da Inércia não se aplica a mais do que apenas ao movimento dos corpos? devia!); assusto-me, fico com medo ao pensar na imaginação fértil que tenho por vezes, (porque segundo Descartes, não podemos destinguir as realidades corpóreas das apenas sonhadas... é?); assusto-me, fico com medo ao pensar no pouco que sou, e no tom cinzento que tenho o dom de ganhar.
Acreditas se te disser que... Sshhh... (Ouve:)

Não deve haver mais nada a dizer, (também não domino as palavras).

(Só para te lembrares: gosto da forma que tens de me conhecer melhor do que eu, a tua cor é bonita.)

sexta-feira, 16 de março de 2007

" A forma que tens de me conhecer melhor que eu. O discurso perfeito que o teu olhar faz em silêncio. A sensação que é estar longe de ti, sem ti. (...) A aventura que é tudo isto.
O oposto de mim que és em quase tudo. "
(Um dia, numa hora)


Argh. Gostava que neste livro de problemas houvessem as simpáticas páginas de soluções, prometo que só recorria aos resultados para tirar dúvidas, para perceber melhor a 'matéria'. Prometo.





Tal como tu também disseste, " O ser humano é dotado de imaginação. Não é por algo existir na nossa mente que adquire o estatudo inato de realmente existir. "
(Ok... o estatuto inato é recente. A ideia é a mesma. )

Tenho medo da minha imaginação.
Tenho medo da minha ponderabilidade, e do meu baixíssimo senso de aventura.

sexta-feira, 2 de março de 2007

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Análise

Tão abstrata é a ideia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a ideia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.

Fernando Pessoa





Estranho...
Quase Anti-Natura.
Mas engaçado, (espero que mais que isso).

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Não facilito.


Não facilitas.


Não facilitamos.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Vês... estou a "simplificar o impossível de objectivar" aos poucos.
E tu vais percebendo aos poucos.
E (muito, muito) lentamente (mas "quase perfeitamente") as coisas tomam forma e cor. (Uma cor bonita, sabias? Claro. És tu quem vai descobrindo as receitas do espectro. Eu nunca tive vocação para cores.)
Mas que divagações para aqui vão! Quantos parêntesis, quantas coisas que estão escritas só para ti...
(É verdade... Obrigada por reparares nas pequenas coisas, naquelas que até eu esqueço. Estás a ver! Tu também não facilitas... Se eu complico por um lado, tu complicas também, 'Lado a Lado'.)
Isto é engraçado... Este estado. (Uma vez rascunhei uma coisa engraçada sobre isto, que agora não recordo, mas talvez seja melhor mudar as "definições", ou esquecê-las por completo. Não têm sido muito úteis, sequer acertivas.)
Isto é diferente, acho. (Quero que o seja.)

Gosto da tua maneira de olhar, (Sabes que o meu "não" é muitas, muitas vezes um "sim" não sabes?).

Vês... A tua cor inspira-me.
(Não que o que acabei de rascunhar tenha qualidade. Deixas-me simplesmente a respirar profundamente. Sabias?)

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Sou assim tão difícil de descodificar?
É que... a sério. Por favor, diz-me se sou eu que sou demasiado complicada?
Talvez, okay. Mas acho que há-de haver alguém capaz de descodificar o assunto. Não?
Porque é que não podes simplesmente raciocinar? Ham?! Vá... Tu sabes que consegues perceber.
Se é 'Quase Perfeito' é porque estás quase quase lá... Não é?
Eu tento! É mesmo verdade que tento simplificar os sinais. Já não é a primeira vez que tento ser simples, sempre sem sucesso... E que tal trocar os objectivos agora? Complica-te! (Não oiças o que dizem... das coisas mais certas serem as mais simples! Eles não sabem mesmo o que dizem. Ou pelo menos... assim não vamos a lado nenhum... ou melhor, vamos é para lados diferentes.)

(Estás a ver!)

Tu também complicas... diz lá a verdade.
De vez em quando dá-me assim uma vontade enorme de esquecer de vez as simplificações e complicações, e dizer só e simplesmente as coisas como elas são. Mas ou não sei dizer as coisas como elas são, ou não as posso dizer a quem as deveria ouvir por complicações físicas, (distâncias).
Depois quando as duas condições se juntam finalmente, e a verdade pode ser dita, a terceira e muito muito, (hoje estou para as dulpas repetições), muito importante fica a faltar. Perco a coragem. A tua cor tem esse poder.
Não facilitas. É basicamente isso... isso ou eu deixo de ser eu por ti.
Vês? És capaz de descodificar estas coisas sim.



Ha amor secreto
De cheiro intenso
Amor tao próximo
Amor de incenso

(De uma música Bonita: Sempre Para Sempre, Donna Maria)



E continua a tentar descobrir o código, eu prometo que vou simplificando o impossível de objectivar.
Ah... E obrigada por algo 'Quase Perfeito'.

(Tinha de o escrever agora)

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Sou Eu.


Sou eu a que esquece o dever incondicional de viver, aquela que morreu na batalha à procura dos que já lá tinham ficado.
Sou eu a que não muda, e todos os dias comete os mesmo crimes, porque simplesmente não acredita naquelas mentiras que lhe dizem.
Sou a que não sabe o que diz; não faz ideia do que escreve. Sou eu a que não pode ser levada a sério!
Sou aquela que sempre sonhou em voar, mas que nunca correu tão depressa na direcção contrária ao céu.
Eu... Sou eu.
Aquela que só queria um pedaço de nuvem.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

eu queria ser Astronauta,
mas o país não deixou.



E eu não deixo. Não deixo tanta coisa por que anseio.
Mas sou deicidida nesse aspecto. (No que diz respeito a não me permitir.) Mais na zona do não permitir coisas que devia permitir, do que na zona acertiva. Mas o que é que isso interessa para a questão?
O busílis é que sei dizer-me não, e muito. E a questão é ainda mais o não que ao ser meu, para mim, é mais ainda para ti, para aquele que vai ali a passar calma e tranquilamente, sem sequer suspeitar de coisa alguma; para o que ainda virá; para o que, por causa do não, nunca virá. Consegues imaginar? Não... talvez. (Nem sequer me permito acreditar que sim... que vil pessoa que sou, para mim.)
Mas isto tudo foi previsível! (E assim continua.) 'Não' é a melhor paravra que sei dizer. Não propriamente a melhor, mas a que pronuncio mais correctamente. Claro! (A história é longa, e, apesar de vir ao caso, nada interessa ao alguém que alguma vez lerá isto.)
Fica a esperança de um dia aprender a falar bom português, (aquele a verde e vermelho de sangue), e como boa portuguesa, (apesar de mais tendida para o lado vermelho sangue do que para o verde), saber dizer um SIM.
(Atenção! Nenhuma parte deste rascunho se refere a 'altares'.)

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

O Espelho

O espelho reflecte certo; não erra porque não pensa.

Pensar é essencialmente errar.
Errar é essencialmente estar cego e surdo.



Um Dia de Chuva

Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.

Ambos existem; cada um como é.


Alberto Caeiro




Pensar é errar. Hoje reparei nisso.
Pensar que se pensa é então pior ainda.

Cada um como é. (Percebes? Percebo?)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

If it makes you happy,
it can't be that bad.



(só para relembrar a mim própria de umas coisitas)

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Eu ...




Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!


Florbela Espanca





Porque não me está a apetecer escrever nada,
mas muito porque tenho FQ A à espera.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Romeo is bleeding to death...


This sky will make me sick,
So I'll give up on you,
I'll give up on this.


So you want to hold me up and bring me down?
Yes, you want to hold me up and break me down.


I don't care for your sweet scent
Or the way you want me more than I want you.







Que fase estranha. Quase anti-natura. x)
Ou então eu devia simplesmente acordar para a vida, (signifique isto o que tiver de significar).

(excerto da HISTORY - FFAF)

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Quer-nos

" Quer pouco: terás tudo.
Quer nada: serás livre.
O mesmo amor que tenham
Por nós, quer-nos, oprime-nos. "


Ricardo Reis






Já não é original esta obra aqui.
Mas é simplesmente Perfeita.
Dificilmente em tão poucas palavras se definiria o mundo.
Não, não é que me ponha agora do lado da humildade! Querer é bom, sim. Há de facto alguma verdade nisso.
E há verdade também no dizer que querer faz o mundo girar.
Mas a liberdade não se encontra com exigências à vida. (Ah! como gostava de me lembrar disto mais vezes.)
E essa coisa dessa palavra tão, mas tão tão gasta é verdade.
Oprime-nos!
Mais não posso, (nem sequer sei), dizer.



E prontos. Devia ter deixado isto 'old school', mas que fazer. x)
E lá se vai andando. É facto.
Ai... e como eu gostava se saber ler mentes!
Talvez assim também lesse a minha, e percebesse algumas coisas que, sinceramente, me andam a dar a volta à lógica!

Clareza precisa-se! ^^

domingo, 21 de janeiro de 2007

It's Okay, I Know

(...)
The best is when you say the worst is over
It's like saying we had luck with a three leaf clover
And you kept saying that over and over
And I still catch you looking over your shoulder
And it's okay, I know the only times you really loved me
Were the times when you weren't sober
And that hurts
We all hurt
And I kept saying that
Over and over
(Just say it like you mean it)
(...)






...e isso dói.
Deixa marca, aperta por dentro, estrangula.


(Postagem de um antigo Rascunho - 2006/10!28 0:41)










Acampamento Bom.
Coisas Positivas, outras menos... Enfim, Pioneirismos! ^^

sábado, 13 de janeiro de 2007

Ah, mas eu Fugi.



Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.

Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?

Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte
Oxalá que ela
Nunca me encontre.

Ser um é cadeia,
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.

Fernando Pessoa



(na foto: Sofia; Cauba e Sofia =)

Evadidas!
Mas SHIIUUU! xD

E nós sorrimos!
Nhanhanha x')
(isto era do poema que ia aqui pôr antes; esta parte do sorrir ^^)


(embora hoje, neste preciso momento eu preferisse estar a entrar num tal cine-teatro... novas oportunidades virão.)
(a sô dona sara é que não concorda; e a marie está tramada ^^)

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Diz-me

Diz-me que vais ser feliz.
Jura-me que a culpa não é minha,
Nunca foi...
Faz-me crer que foste tu quem decidiu.
Serve-me mais um copo deste líquido que julgo ambrósia,
Diz-me que é isso mesmo,
Diz-me o que quero ouvir...
E nada mais.
Deixa-me assim embalada,
Canta-me os versos mais perfeitos
E persuade a Natureza,
(Gosto da melodia dos pássaros, quando vêm o Sol).
Aconchega-me com um manto estrelado,
Protege-me do frio da noite que vou atravessar,
Agora sozinha.
E deixa-me assim,
A Dormir.
Porque não quero estar lúcida,
Não quero acordar para ver o que fiz.
Não quero ver que não estás aqui,
Não quero saber que fui eu quem te pediu distância.
Deixa-me assim,
Diz-me só que vais ser feliz,
Que a culpa não é minha.
Deixa-me embalada...
A dormir.




Aula de Filosofia
(em que a única coisa que não se faz é Dar A Aula)

2007/01/10

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

2007

Novo Anoo!
A mesma vida.







Que bom confirmar que há coisas que nunca mudam.
Que boas as tentativas falhadas de consolação! x)
Que me seja permitido o 'smile', porque é mesmo a minha expressão quando volto a ler aquela última frase. =)


E que seja um ano que fale por si no final do 'espectáculo', em que o guião seja giro, não cómico, porque a comédia é cruel; mas que se enqueçam dos monólogos e dramas teatrais que se conhecem. Que os actores não tenham de usar aquelas indumentárias egocêntricas e egoístas, cheias de 'purpurinas' (!), e que sejam trajes mais confortáveis e parecidos. Que os papeis, (e os cachets), sejam bem distribuídos, e principalmente que se destronem os imperadores e as primas bailarinas resmungões, barrigudos e sedentários.
Que hajam muitos e muitos motivos para ovações.