sábado, 31 de julho de 2010





And it's so hard to do and so easy to say


Walk away and head for the door





Ontem e hoje aprendi a tocar isto na guitarra, sozinha.
Não é difícil, estás a ver.
É o segundo dia consecutivo que acordo a pensar em ti.
Bem, não é a pensar em ti, estás a ver, daquela forma fofinha que usava contigo. Não.

Estão a esgotar-se os 19, e com eles a sanidade, provavelmente.

Quando penso se são saudades tuas, se gosto de ti... Não sinto que o seja.
Não sei se tenho saudades tuas ou apenas da ocupação que eras.
Penso que tenho saudades do bem que me fizeste, apesar de tudo. Só isso.
E é triste. Podíamos ter sido tanto, juntos. Mas talvez foi só disso que se tratou, muita potencialidade, mas nada espiritual. Não sei se existem aquelas paixões, sabes? Dizem que se percebe quando acontece.
Esqueceram-se das pessoas distraídas, como nós os dois.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Já acordaste com uma sensação estranha a espalhar-se por ti? Começa devagar mas rapidamente quando dás por ti o coração está acelerado, qual pesadelo em que foges por entre ruas e ruelas.
Depois, - quer dizer, já não sei se é antes ou depois, acho que é apenas simultâneo - começas a pensar em cenas que... cenas em que não devias pensar, cenas que tinhas prometido a ti esquecer ou enterrar ali numa zona do cérebro qualquer, que só te voltassem a atormentar pelo menos daqui a 20 anos.
Aí o coração não abranda, parece que fazes de propósito, que já agora queres que ele salte cá para fora - os problemas que se poupariam assim.

Hoje acordei com uma sensação estranha no peito.
Hoje acordei com o coração apertado.

segunda-feira, 26 de julho de 2010



though it's easy to pretend
Para ti:

La la la la la la la la.



You better never mess with me boy.
Don't even think.

sábado, 24 de julho de 2010

Gostei de ti, penso que ainda gosto, à minha maneira. Sempre à minha maneira.
Não foi nenhuma paixão assolapada, não foi nenhum conto de fadas. Mas penso que existem duas coisas que me magoam mais nisto tudo.
1º o mais fácil de confessar, o mais previsível, banal até. Primeiro o meu orgulho ferido. Pronto, é isso. Talvez até seja o principal, o pior de tudo para mim. Espetaste a faca, e usaste a técnica que te ensinaram nos Rangers: espetaste o punhal e rodaste. Bravo.
2º e muito mais franquinho, quero eu acreditar. Segundo tu fizeste-me acreditar, percebes o perigo disso? Aos poucos fui acreditando que, mesmo humano, eras capaz de gostar de mim, acreditei mesmo que gostasses mais do que o que eu poderia acreditar. Talvez daí fosse gostando de ti, um pouco mais com o tempo. Eu sei! Que egoísta, que feio isto de gostar de alguém que gosta de nós, porque é alguém que consegue ver para além do monstro. Mas sinceramente penso que foi isso.
Agora siga, porque por morrer uma andorinha não acaba a primavera.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

The little things you forget, kill me.
(i wrote this for you)


Talvez o que mais doí seja o orgulho ferido.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A vida, que parece uma linha recta, não o é. Construímos a nossa vida apenas nuns cinco por cento, o resto fazem-no os outros, porque vivemos com os outros e, por vezes, contra os outros. Mas essa pequena percentagem, esses cinco por cento, é o resultado da sinceridade consigo mesmo.
“Eu nunca quis ser nada”, La Vanguardia, Barcelona, 1 de Septembro de 1997 [Entrevista de Ima Sanchís]

Damos voltas e voltas, mas, na realidade, só há duas coisas: ou escolhes a vida ou afastas-te dela.
“A CE, um eufemismo”, El Independiente, Madrid, 29 de Agosto de 1987 [Reportagem de Antonio Puente]


O Caderno de Saramago

terça-feira, 20 de julho de 2010

Cala-te! Chega de ti e das tuas coisas ridículas!
Não era o cérebro do homem que emitia ideias; era a laringe que emitia sons.
(1984, p.65)
Habituaste-me a pensar que estavas lá, mas não estás. Alguma vez estiveste?

sábado, 17 de julho de 2010

Fazes-me mal. Fazes-me muito mal.
Habituaste-me a pensar que estavas lá, mas não estás. Alguma vez estiveste?
Eu gosto de ti, sério que gosto. E sabendo que sou péssima pessoa, terrível feitio, dona de (quase) todos os defeitos imagináveis, sempre coloquei em primeiro lugar numa lista decrescente de probabilidades, a minha culpa por tudo. Mas duvido, sabes? Claro que não sabes! Não é que sejas burro, mas nunca colocarias a hipótese de começar por ti, nunca.
Parte de (quase) todos os defeitos imagináveis - já chego a pensar que os inimagináveis também estão na lista - são os traumas... as "pancadas", estás a ver? E que culpa tenho eu que essas cenas me obriguem a tentar dar sempre o meu melhor, e a tentar melhorar a porcaria de um exame que por acaso calha no último dia de exames, quando toda a gente já está de férias, e quando tu queres já estar em casa? Que culpa tenho eu que mores no fim do mundo e que para estar contigo até à data que decidiste ficar eu seja obrigada a abdicar de algo que não quero abdicar?
Sinceramente, pensei que depois da infantilidade que demonstraste fosses perceber não és perfeito, mas enganei-me. Lá está, já te tinha dito que tenho (quase) todos os defeitos imagináveis (e os "ini" também)?

Eu gosto de ti, mas gosto mais da minha liberdade, implique isso acabar com gatinhos ou não. (E não vou pedir desculpa.)

terça-feira, 6 de julho de 2010



E há uns tempos que não tinha dias assim, e na semana passada corrompi-me.
Eu até já estava a ganhar algum bom ritmo, mas cedi à tentação de procrastinar, e agora está all over me, tipo pastilha elástica no cabelo!
A culpa? A culpa é de ter mais de uma semana para estudar para exames, mesmo que sejam logo dois quase seguidos. É sempre a mesma ladainha! Mas hey, agora já não há a desculpa de faltar mais de uma semana, estamos na semana do exame. Se ontem já convinha ter produzido, hoje é obrigatório!
E este calor? Hum? Este calor não ajuda nada.
Mas logo tiro umas horas só para nós, prometo docinho *

sábado, 3 de julho de 2010

Queria rascunhar sobre algumas coisas, queria tentar entendê-las.
Talvez tenha medo do que possa entender.
Dia 5 este meu canto faz 5 anos.
5 anos.

1 + 1 + 1 + 1 + 1 = 5

Estou a tentar lembrar-me por onde andava há 5 anos...
Tinha 14 anos, apavorada de fazer 15 dentro de um mês.
Acabava o Ensino Básico, entusiasmadíssima de começar o Secundário.
Estava nostálgica com todo o drama que a turma criou com a "separação" de algo que nunca foi.
Queria ser Eng. Aeronaútica na FAP, começava a ouvir falar das Engenharias... Matemática Computacional, Aeroespacial, Física...
Andava distraída com aquela pancada que tanto me perseguiu.
Ainda participava no teatro, e em aulas de piano.
Era activa nos escuteiros.

5 anos.

Tenho 19 anos, apavorada de fazer 20 dentro de um mês.
Estou a 2/5 do Ensino Superior, ora entusiasmadíssima pelas possibilidades infindáveis, ora perdida no meio de tanta possibilidade.
A nostalgia assusta-me, mas ainda a ela sucumbo.
Quero ser feliz (que cliché!), quero harmonia, paz, tranquilidade e desafios (depois não te queixes!).
Não sei o que quero ser profissionalmente, quer dizer, tenho umas ideias, mas não sei. Sei que não me imagino a estudar algo diferente.
Ando distraída com uma relação que me confunde por (muitas) vezes.
No restante não quero comparar, obrigada.