sábado, 17 de julho de 2010

Fazes-me mal. Fazes-me muito mal.
Habituaste-me a pensar que estavas lá, mas não estás. Alguma vez estiveste?
Eu gosto de ti, sério que gosto. E sabendo que sou péssima pessoa, terrível feitio, dona de (quase) todos os defeitos imagináveis, sempre coloquei em primeiro lugar numa lista decrescente de probabilidades, a minha culpa por tudo. Mas duvido, sabes? Claro que não sabes! Não é que sejas burro, mas nunca colocarias a hipótese de começar por ti, nunca.
Parte de (quase) todos os defeitos imagináveis - já chego a pensar que os inimagináveis também estão na lista - são os traumas... as "pancadas", estás a ver? E que culpa tenho eu que essas cenas me obriguem a tentar dar sempre o meu melhor, e a tentar melhorar a porcaria de um exame que por acaso calha no último dia de exames, quando toda a gente já está de férias, e quando tu queres já estar em casa? Que culpa tenho eu que mores no fim do mundo e que para estar contigo até à data que decidiste ficar eu seja obrigada a abdicar de algo que não quero abdicar?
Sinceramente, pensei que depois da infantilidade que demonstraste fosses perceber não és perfeito, mas enganei-me. Lá está, já te tinha dito que tenho (quase) todos os defeitos imagináveis (e os "ini" também)?

Eu gosto de ti, mas gosto mais da minha liberdade, implique isso acabar com gatinhos ou não. (E não vou pedir desculpa.)