sexta-feira, 31 de agosto de 2007


(unknown author)


Ohh ^^

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Canção à Inglesa

Cortei relações com o sol e as estrelas, pus ponto no mundo.
Levei a mochila das cousas que sei para o lado e pró fundo
Fiz a viagem, comprei o inútil, achei o incerto,
E o meu coração é o mesmo que foi, um céu e um deserto.
Falhei no que fui, falhei no que quiz, falhei no que soube.
Não tenho já alma que a luz me disperte ou a treva me roube,
Não sou senão náusea, não sou senão cisma, não sou senão ânsia,
Sou uma coisa que fica a uma grande distância
E vou, só porque o ser é cómodo e profundo,
Colado como um escarro a uma das rodas do mundo.

Álvaro de Campos (1928-12-1)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Definitivamente não sou capaz, e acho que a quantidade de vezes que rascunhei, apaguei, rascunhei e voltei a apagar esta conjugação de palavras só o pode provar.
Não sou capaz de passar para letras o que quer que seja, muito menos coisas... assim.
Não ia mudar esta minha ausência de talento agora. (Note-se algo impossível de se ver aqui, em que não existe o papel que imortaliza a tinta, que o rascunhar e apagar é dolorosamente constante.)
Julgam entender minimamente... até se acha facilmente piada a uma maratona destas, 'são coisas da vida, natural'.
Tantas vezes afirmei que era grandioso!, maior que tudo... Tantas outras vezes usei o arrependimento para pensar que era inútil, infantil, comum! Nunca soube bem o que pensar sobre... nunca. Tudo muda a velocidades que à luz fazem inveja; tudo se transforma, como naquela lei.
Continuo sem saber o que pensar, e a partida desta corrida em passo alternado já se ouviu há muito. Ou talvez a ideia seja testar a noção de tempo e paciência que se encontram nesta terra...
Rascunho, apago, rascunho, apago... E o que é mesmo verdade é que continuo sem saber o que pensar.
Não sei se tenho algo para dizer, as palavras não parecem ter grande importância. Sou assim, não gosto daqueles filmes com histórias banais de falsas perfeições, não gosto daqueles diálogos pré-concebidos. Sou assim... misturo temas, baralho ideias, não sei de mim. Perdi-me há muito, nem me lembro ao certo se alguma vez estive encontrada.
Parece um vício, sabes? Talvez seja isso.

E continuo sem saber o que pensar.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Tacto.

É definitivamente o que me falta, mas escapou-me isto na altura de pedir os desejos. Tento para o ano?
Para o ano pode ser irremediavelmente tarde, não pode? Se calhar fico então deitada a olhar as estrelhas em busca de uma cadente que me queira fazer a vontade.

Se eu tivesse um pouco mais de tacto quem poderia ser agora? Certo... enfrentado a realidade... Era agora uma pessoa de igual nome, mas de diferente pronunciação, definitivamente. Seria mais pessoa, (e mais Pessoa? isso talvez nunca); seria mais gente; mais de carne e osso não seria, seria sim de mais essência e sangue, talvez.
O tacto faz-me falta. Não é que profunda e pessoalmente isso me faça grande diferença, (ou faz? se tu fazes, e se o motivo de tudo é a falta de tacto, talvez faça diferença... ou talvez simplesmente não faça.); mas as pessoazinhas que cruzam a minha existência (porque as pessoas e as Pessoas não me obrigam a nada; são existências que no contacto com a minha não me fazem sentir falta de nada, fazem sentir abundância de muito, isso sim.), essas outras é que no seu percurso fazem questão de relembrar outros caminhantes que o tacto faz falta para uma sobrevivência mais simpática na selva.

Oh... Quem é que estou a tentar enganar?
A verdade é que a sobrevivência simpática é a que magoa menos, a curto prazo pelo menos. E se magoa menos, o tacto faz realmente muita falta.

Não percebi.
Certo... Era para perceber?

sábado, 11 de agosto de 2007

Run away, run away, I'll attack .






E o melhor é acreditar. (Como tu sabes bem que não minto...)
De cada vez que tento fazer uma pausa para (tentar) pensar, (sobre o quê, será um outro assunto mais complicado, se é que me entendes; e tu entendes), sinto na antecipação o cansaço, em forma de frustração pela impossibilidade de domar o meu próprio barco de papel. Não fosse a arte do Origami tão espectacular e seria capaz de pensar que a culpa é da qualidade dos materiais, que não me deixam tomar o leme; mas sei que não, se a culpa tiver um dono com nome será o nome que assino quando estou acordada. Culpa de quê? Porquê? São perguntas a mais para um culpado só; mas os juízes não estão interessados nas capacidades (ou ausência de) dos criminosos, sabemos disso.
Não estou sozinha a enfrentar a audiência, também é algo que sabemos.
Acusações partilhadas... são um bem comum.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Guess we'll have to wait and see.


















E é tudo aproximadamente assim.
Demasiadamente aproximado.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

(Vila Real)



São pequenas porque são só de quem as vive.
São imensas sem qualquer brilho ofuscante;
Imensamente particulares, imensamente curiosas;
Mas imensas!
Ao menos se alimenta a alma de histórias pequenas...
Sem certezas, nem verdades absolutas;
Se aqui neste sítio se vive a vida aos poucos,
Com accção reduzida à estadia nos céus.
Outros fazem sonhar, arrependidos...
Com pontuação limitada e certezas de nada,
Uns vão sonhando, escondidos...
Apenas se estabelece a hierarquia pela diferença de estatuto;
Não altera o valor de verdade do que se escreve dizendo,
Não poder escrever frases com um ponto final
Era tudo pura ilusão.
Se alguma vez se pensou existirem certezas
Daquelas que dão a volta ao cálculo da alma.
São coisas estranhas,


Saber ler não implica saber ver o que está escrito.






I see you, you see me.