segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Definitivamente não sou capaz, e acho que a quantidade de vezes que rascunhei, apaguei, rascunhei e voltei a apagar esta conjugação de palavras só o pode provar.
Não sou capaz de passar para letras o que quer que seja, muito menos coisas... assim.
Não ia mudar esta minha ausência de talento agora. (Note-se algo impossível de se ver aqui, em que não existe o papel que imortaliza a tinta, que o rascunhar e apagar é dolorosamente constante.)
Julgam entender minimamente... até se acha facilmente piada a uma maratona destas, 'são coisas da vida, natural'.
Tantas vezes afirmei que era grandioso!, maior que tudo... Tantas outras vezes usei o arrependimento para pensar que era inútil, infantil, comum! Nunca soube bem o que pensar sobre... nunca. Tudo muda a velocidades que à luz fazem inveja; tudo se transforma, como naquela lei.
Continuo sem saber o que pensar, e a partida desta corrida em passo alternado já se ouviu há muito. Ou talvez a ideia seja testar a noção de tempo e paciência que se encontram nesta terra...
Rascunho, apago, rascunho, apago... E o que é mesmo verdade é que continuo sem saber o que pensar.
Não sei se tenho algo para dizer, as palavras não parecem ter grande importância. Sou assim, não gosto daqueles filmes com histórias banais de falsas perfeições, não gosto daqueles diálogos pré-concebidos. Sou assim... misturo temas, baralho ideias, não sei de mim. Perdi-me há muito, nem me lembro ao certo se alguma vez estive encontrada.
Parece um vício, sabes? Talvez seja isso.

E continuo sem saber o que pensar.