quinta-feira, 28 de setembro de 2006

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urgh

Enfins... são coisas que acontecem. [embora não devessem x)

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Baralha-me.

" E o ser assusta-se. A existência interroga-se. "










Baralha-me esse teu olhar. Quem mandou aos habitantes do Olímpo deixarem a perfeição esquecida nessa cor?

Às vezes esqueço-me da realidade. Se o tempo exacto passou, porque é que ficaram tantas reticências e interrogações para trás? Continuam afiadas e dispostas a causar aqueles cortes profundos... tão profundos que chegam a arrancar o fôlego, e a adormecer a alma, de dor.
Se ninguém sabe ler esta história, se ninguém é capaz de compreender toda esta trama... se este ninguém não é mais do que o elenco principal...
Quem foi o infeliz dramaturco que nos inventou? Quem foi que empenhou o esforço de pegar na caneta e na alma, só para escrever todo este enredo?
Quem terá contratado estes dois maus actores que somos?









[ teria saído 'mais melhor' e mais 'adequado' no dia certo.. eu sei que sim.. mas a 'anestesia' tem esses efeitos.

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Lisbon Revised.

Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.

Fecharam-me todas as portas abstratas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.

Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...

Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago;
Ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.

Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.

Outra vez te revejo,
Cidade da minha infância pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...

Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?

Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.

Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...

Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...

Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...


Álvaro de Campos - Lisbon Revised













Duvido qua haja algo mais acertado a dizer neste momento.

Uma existência em falta.

" I want to hear your voice out loud! "





Querer sentir!
Querer um viver absoluto.
Desejar um novo sentido, é tudo o que faço. Mas o sentido perdeu-se há algum tempo... e é há muito que os desejos não são concretizados.
Não vais compreender. Nunca! Ah... como poderias? Não és igual a mim, nunca foste.
Da tua maneira a vida parece simpática. Tentei criar um quadro assim só para mim, mas fracassei. Fracassei com todas as poucas forças que usava para sobreviver.
Eram poucas as forças, já tinha dito?
Quê?! Ou então seja isso. Chega-se a uma altura em que nem se conhece a própria dimensão.
Não, não faço a mínima ideia do meu tamanho neste universo todo, mas posso dar um palpite? Tenho o tamanho de um ponto perdido em toda esta conjuntura. Um ponto de nada. Uma existência em falta.

Querer um viver absoluto.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Aliás.

Kind of Lost I feel.










Perdida num mundo que não é o meu, definitivamente.
Presa num corpo sem asas, figura humana.
Não gosto disto. Aliás, não gosto de nada.

domingo, 17 de setembro de 2006

'Bora ?

Que tal regressar às mesma rotina?
Recomeçar o dia-a-dia assassino e retomar o ritmo feio e nada melódico a que me tinha habituado.
Voltar a esperar e desesperar.
Rir e chorar ao simples vislumbre daquele mesmo edíficio.
Que tal estar de volta ao mesmo?

A mim não me agrada.

sábado, 16 de setembro de 2006

.

E hoje voltei a apaixonar-me! x')

Desta vez foi por um corte.
( Há coisas piores. ) =')

( Sim, ponto final. )

Como uma tela por pintar.
Gosto tanto destas paixões repentinas que me perseguem a alma... Aquecem o corpo quase morto pela rotina e apagam por momentos a monotonia dos tons cinzentos da vida.
Gosto de ser feliz ao menos nestas fases.
Se num momento quero ser pintora, no seguinte astronauta e no outro pianista, qual é o problema deste mundo chato?
Não tenciono mudar-me. ( Sim, ponto final. )
Quero ao menos manter o meu espírito inconformista a sonhar, já que a inevitabilidade o tentará roubar a cada segundo da vida séria.
Se não me contento com o nível do mar, que fazer senão tornar-me numa alpinista e testar-me nas alturas? Mesmo que me custe uma vida a aprender as técnicas.
São paixões, e assim duram para sempre, mesmo que apenas até ao próximo nascer do Sol.
Hoje quero ser pianista! E nada mais que pianista serei por hoje.
Quero ter coragem e paciência, persistência, e continuar a lutar.
Queria tanto tocar com a alma. Mas sou feita de paixões como uma criança maravilhada numa montra de brinquedos.
Por hoje quero ser pianista e tocar com a alma, esquecer o mundo!
Ou talvez seja isso: apaixono-me para esquecer este mundo.
Se esta for uma forma de me manter viva, continuarei a ver a vida assim, a procurar pequenas coisas apaixonantes num mundo feio.

...e por hoje quero ser pianista e tocar com a alma.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Perspectivas.

Pespectiva de ano lectivo horrível.

E porque será que se contenta tudo com 'Biologia e Geologia' ?
Afinal qual é o problema deste país para com a 'Geometria Descritiva A'?
Dependendo da engenharia, mas em grande parte destas GD A é muito mais útil que BG.
E se o primeiro curso, como é chamado, se destina também às engenharias, porque é que quem opta por ter GD A tem de esperar pelo 11º ano, resignar-se à sorte de ter ou não a disciplina, e ainda ter de se sujeitar a um horário desumano?
Para além de parecerem não conseguir encaixar a disciplina nos horários, são pouquíssimas as escolas que têm esta disciplina disponível para o primeiro curso, mesmo que só no 11º ano.
A minha tem. Boa!
Quantas tardes tenho eu livres? ( Sim, como se durante o ano fossem muito livres. ) Nenhuma.
Se o meu horário faz sentido? Se não tem furos incompreensíveis por causa da tal 'Bio Geo'? Que perguntas!

Se informassem bem todos os alunos, parte destes nunca pensaria inscrever-se na disciplina de BG.
Não tenho nada contra esta disciplina, é muito útil e bastante importante para seguir profissões importantíssimas para a sociadade.
Mas GD A também não é isto tudo?!

E que mais fazer agora? As cartas estão lançadas e o jogo prestes a começar.
O horário vai matar-me, tenho a certeza.
Mas o que não se faz por uns quantos sonhos...

Talvez um dia, um dos estados que gasta mais dinheiro com a educação compreenda que a informação não desgasta os cofres...

Ah, e se um dia alguém ler isto, [ Qual garrafa lançada ao mar x) ], e se nesse dia ainda formos o que somos, e se esse alguém gostar de algo que não o convencional, e se sonhar com uma engenharia que não meta Biologia e/ou Geologia, modestamente aconselho esse jovem por GD A, mesmo que no 11º, mesmo tenho um horário desumano, mesmo tendo mais horas no 12º.
Vale sempre a pena, disse O Grande Poeta.

Já disse o que pensava sobre BG, não tenho nada contra, apenas não percebo qual é a diferença para com GD A.
Informem-se antes de se inscreverem no 10º ano.

terça-feira, 12 de setembro de 2006

( vazio )

Dizem?
Esquecem.
Não dizem?
Disseram.

Fazem?
Fatal.
Não fazem?
Igual.

Por quê
Esperar?
Tudo é
Sonhar.


Fernando Pessoa









' Tudo é sonhar. '

domingo, 10 de setembro de 2006

Não?

I ask myself: ' Do you know what you are getting yourself into? '

( Relient K @ Getting Into You )






Não há explicação. Não vejo um motivo concreto, ( como se fosse capaz de concretidades ).
Não consigo perceber o que se passa, nem o rumo que tudo pode tomar.
Isto assusta. Faz tremer todas as pontes que tentei remendar, e desmorona as novas que construí.
É estranho, não porque seja algo novo, não... Mas, se tentar encontrar algumas definições... Sim, é algo novo.
É diferente, talvez. Talvez uma nova forma de ver, e assim uma nova forma de... Não?
Isto assusta.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Traduções.

É fácil. Assim é tão fácil!
Criticar por criticar. Usar e abusar de argumentos vazios!
É tão estranho, tentar entender mentes assim. Escusado!
Não vou esforçar-me para compreender a tua contentação em desenhar-me.
Se preferes pintar esse meu "eu", continua com essa aquarela cor-de-rosa no que convém aos teus lados.






traduzindo a música..
/ sou um pouco mais que inútil. .

E o que foi feito de Mim.

“ Dou comigo na corrente
Desta gente que se arrasta.

Um dia-a-dia sem sentido.

E o que foi feito de mim. “


Seja qual for o receptor desta carta vazia, seja qual for a direcção deste envelope translúcido; que se saiba que não assinei de livre vontade.
A vida obrigou-me. A rotina assassinou a originalidade, e não pude escolher outra cor que não o cinzento.
Não tive tempo de rever as frases em branco, não pude estudar o vocabulário. A caligrafia não é a minha.
Tenho o corpo dormente, a verdade é essa.
A mente em febre mortal!
Foi fácil... oh que lamentações!
Foi tão fácil pôr-me neste estado de não-ser.
Tomaram o que por fora ainda sobrava de mim, tomaram o meu nome. ( De que servirão? )
E agora querem fazer-me crer que voltei. Querem dizer-me que isto sou eu.
Não quero acreditar, mas tenho o corpo dormente e a mente em febre mortal e dói, mas dói tanto procurar uma saída desta prisão que dizem ser eu.
Mas eu não era assim. Nunca fui esta existência!
Mas tenho o corpo dormente e a mente em febre mortal, e, por enquanto, dói menos acreditar no que me dizem.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Não sou a Única.

" Pensas que eu sou um caso isolado
---Não sou o único a olhar o céu
---A ver os sonhos partirem
---À espera que algo aconteça
---A despejar a minha raiva
---A viver as emoções
---A desejar o que não tive
---Agarrado às tentações
---E quando as nuvens partirem
---O céu azul brilhará
---E quando as trevas abrirem
---Vais ver, o sol brilhará "










Leio, releito, oiço e volto a ouvir.

Linda a música! Linda a letra!

Lindo o concerto!

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

O Meu.

Egoísmo. O meu.
Querer tudo, claro! Quero tudo, como se o mundo terminasse amanhã.
Viver a vida nesta angústia. Cansaço, só de pensar num novo desejo.
Um saber antecipado da frustração. A inevitabilidade da imperfeição.
Um coração que aos poucos se cansará. Farto de buscas incessantes e inesgotáveis, como eu.
Quero o mundo. E como um poeta disse, quero devorar o mundo, condensá-lo num só grito!
Quero uma gota de ambrósia! Piedade desses seres divinos e satisfeitos com as suas próprias buscas!
Quero, sempre quis. Um dia saberás, e somada outra eternidade, vais compreender-me.








/ o que um pin faz =\ [mas era um LINDO! com um gato preto da emily LINDO! urgh =\

Sem culpados, apenas parvos desastrados!
É pena ser eu ser assim.
É? Sim.
Esquecendo o mundo, foi MUITO positivo!
' Siga! ' a repetir.

/ possível futura referência ao 'acontecimento', aliás, como estava previsto para esta actualização. Mas, o que um pin faz =\