terça-feira, 26 de setembro de 2006

Baralha-me.

" E o ser assusta-se. A existência interroga-se. "










Baralha-me esse teu olhar. Quem mandou aos habitantes do Olímpo deixarem a perfeição esquecida nessa cor?

Às vezes esqueço-me da realidade. Se o tempo exacto passou, porque é que ficaram tantas reticências e interrogações para trás? Continuam afiadas e dispostas a causar aqueles cortes profundos... tão profundos que chegam a arrancar o fôlego, e a adormecer a alma, de dor.
Se ninguém sabe ler esta história, se ninguém é capaz de compreender toda esta trama... se este ninguém não é mais do que o elenco principal...
Quem foi o infeliz dramaturco que nos inventou? Quem foi que empenhou o esforço de pegar na caneta e na alma, só para escrever todo este enredo?
Quem terá contratado estes dois maus actores que somos?









[ teria saído 'mais melhor' e mais 'adequado' no dia certo.. eu sei que sim.. mas a 'anestesia' tem esses efeitos.