sábado, 17 de dezembro de 2011

Não vale o esforço patético de escrever listas de resolutions,
sabe bem melhor a patetice de tentar actually fazer algo.
Patetices que nos lembram que estamos vivos.

(gostava de saber se estavas à minha procura, à porta daquela sala.)

domingo, 27 de novembro de 2011

Não sei uma única coisa sobre ti - mentira, ambos sabemos um facto um sobre o outro - mas não me és desconhecido.
E tudo isto podia ser uma péssima frase de engate, mas não é.

É estranho essa não-estranheza que me causas.

E a tua mão na nuca, a transmitir embaraço, é a cena mais doce que já vi.
Fazes o sol de Outono muito mais interessante.
Só não quero voltar a rever-te apenas no próximo semestre.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ironia.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Não consigo de outra  forma. Não consigo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Eu não me espanto com a eternidade que alguém possa levar a ultrapassar outrem. Eu espanto-me é com quem se espanta.


(from aqui)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O último post deve ter sido um momento de Epifania ou algo semelhante.
Ou então não é grande novidade que aos 21 se tem muito a crescer. Que profetisa de meia tigela eu sou.

Não sabes definir o Amor.
Nunca disseste Amo-te. Na primeira vez que estiveste quase a dizê-lo, na primeira vez que chegaste a engolir as palavras por pensares duas vezes antes de falar, na primeira vez que querias dizer Amo-te fizeste planos e tentaste encontrar um momento. A vida acontece, e aconteceu, e percebeste que se tinhas de o planear, não era para ser dito. Mesmo que parecesse a maior verdade naquele momento, mais verdade do que nunca antes, não era real.
Não é habitual para ti ter alguém especial, ser especial para alguém. E vais pensando ser especial enquanto conseguires manter a máscara, com as tintas cada vez mais aguadas. E vais pensando que aquela pessoa é especial. (É, tu não consegues é ver como.)
Brincar aos namoros vai ocupando tempo e entretendo. Acabar ali, recomeçar aqui pensando que milagres ocorrem, ou não pensado de todo. Porque nos livros e nos filmes os amores querem-se trágicos, dolorosos!, poéticos e dramáticos.
Aos 21 não consegues ver a diferença entre o papel ou o rolo de cinema e a beleza infinitamente maior de um pôr-do-sol real. Não nasceste com a idade certa.
Lembrei-me agora que é de ti gostar mais do nascer-do-sol do que da sua morte. Preferes a esperança e luz da manhã do que o sentimento de perda que todos os crepúsculos trazem consigo. Não é que não saibas ver a beleza do lusco-fusco, mas os fins sempre te assustaram.
E é isso: passaram os dois por demasiados fins. Mas tu tens um problema com fins. E nesta correria louca que foram vocês perdeste a noção de ti, das barreiras que tinhas, do verdadeiro terminar.
A vossa história foi uma contradição tua. Tudo aquilo que defendias, quebraste. A muralha que desde sempre construíste, traíste ao entregar a planta e o projecto, ao permitir que tijolo a tijolo de fossem descobrindo. A vossa história foi puro crescimento teu.
O sentimento amadurece, ou apenas deixas de esperar por um salvador do Quinto Império e a bruma de desvanece. E a amizade que guardas parece ser a pérola arrancada à sua ostra criadora, deixada à morte.
Mas ainda não consegues ser fiel àquela pessoa, e ver a sua verdadeira essência. Ainda não largaste o boneco que tão cegamente foste criando, mas que nunca será um menino de verdade.
Só queres que fique algo puro do que criaram.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Agora são 21.
Anos ímpares têm sido de maior crescimento, i guess.
A tese vai calhar aos 22, ups.

domingo, 24 de julho de 2011

Não me lembro da sensação de acreditar num sonho.
Sonhei muito, hoje. Sonhei que vivia perto da universidade, sozinha. Gostei.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Esta semana
Comecei o meu primeiro trabalho remunerado.

Hoje
Cortei pela primeira vez o meu próprio cabelo.

Não preveria nada na segunda-feira.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Três anos.
T-r-ê-s  a-n-o-s.
Seis semestres. S-e-i-s.

Gosto de comemorar as pequenas vitórias.
Não te enganes, sou exigente comigo. Muito.
Mas comemorar as pequenas vitórias ajuda a valorizar um pouco mais a luz do dia. Exigir sim, mas por vezes parar para ver o quanto até já se conseguiu fazer, faz bem, sabe bem.
Não foi muito, se podia ter sido mais e melhor? Sempre.
Mas pequenas vitórias são o fundamental, porque a piada está no caminho, não no destino. E enquanto comemorar as pequenas vitórias de vez em quando percebo melhor que a meta não é estática.
Parabéns a todos vocês, parabéns Pessoa(s).

domingo, 5 de junho de 2011

Quero mergulhar em ti.

domingo, 1 de maio de 2011

Mais tarde ou mais cedo, uma amizade que parece estar sempre à superfície da água mas longe da zona de rebentamento das ondas, e afastada da escuridão da profundidade, torna perceptível o seu prazo de expiração.

Se ter resoluções solucionasse algo, a minha resolução seria ser capaz de mostrar àqueles com que espero só expirar quando também eu expirar de vez, que me são como os sumos de fruta - passe-se a publicidade - essenciais.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Daqui a pouco vou ligar-te e dizer que tenho saudades da tua voz.
Não sei se é verdade, mas apetece-me ter saudades da tua voz, nem que seja para adiar um pouco mais o estudo do artigo de aeroacústica.

sábado, 2 de abril de 2011

To stay or not to stay.
O problema é que nem me deram a hipótese de escolher, e fico.
Eu fico, e vou ficando. E o medo de me tornar no que não quero ser cresce numa razão exponencial.
Não quero estar presa a um sítio, e é injusto que seja tudo uma questão de cifrões.
Nada a fazer por enquanto, nem vale a pena continuar a tentar convencer-me a mim própria, porque não altera nada.
Just deal with it.

domingo, 6 de março de 2011

Tens 20 anos, estás quase nos 21.
A universidade nem corre mal, aprendes muito, tanto da vida como da física e da engenharia em geral.
O problema, para além dos do costume, é que ainda faltam 2 anos e meio para poderes arranjar a porra de um emprego noutra cidade qualquer, qualquer! 2 anos e meio para poderes alugar a tua casa, escolher a cor das toalhas da casa-de-banho, teres os teus próprios talheres. 2 anos e meio para a tua sala poder ter os teus livros, para poderes ligar a tua música alto ao acordar, porque não há mais ninguém em casa a dormir. 2 anos e meio para poderes fazer jantares em tua casa com os amigos. 2 anos e meio!
Não sei se passaram 2 anos e meio, ou se ainda passaram 2 anos e meio, o que sei é que faltam 2 anos e meio.
É muito tempo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Oh Yes Your Are

daqui
Chorar é um purificante para a alma. É daquelas coisas necessárias. E acontece naturalmente de vez em quando.
O que assusta é aquela sensação de ausência de algo, de quase saudades das lágrimas e do sentimento. O que assusta é pensar que pelos cálculos que a vida já permite fazer, ou muito me engano, ou mais dia menos dia a alma irá ser purificada. Porque um longo espaço de tempo sem chorar é exactamente aquilo que precede um choro daqueles.
O que assusta é tentar prever o que será.
Ando a pensar de mais, já mo disseste.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Girls who are boys who like boys to be girls who do boys like they’re girls who do girls like they’re boys


Oh, e como não mudas (quase) nada:

- Sabes que podes contar comigo. Sempre. Até morrer. Ou até me chatear a sério contigo. Oh, mas eu não fico chateado com ninguém por muito tempo.

Se eu não soubesse que isso é mesmo verdade: até morrer, ou até te chateares a sério comigo por coisa nenhuma ou sem motivo aparente. Se eu não soubesse também que não dura muito tempo a "chatice".
E estamos em território perigoso, muito perigoso. Areias movediças.
Somos duas crianças com 1,70/1,80m.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ou somos apenas fracos?
Porque a química connosco é física, não há contra-argumentação possível.
E é possível comprovar por cálculos que se deixarmos o circuito entre nós aberto durante tempo suficiente, a diferença de potencial é suficiente para o ar entre nós se tornar condutor. Aí.. aí surgirá a faísca.
Ou é tudo apenas desculpas, porque no fundo a verdade é que o meu estranho olfacto tem um fascínio por ti, e o teu nariz também parece não me resistir? É isso, tudo desculpas.
Mas não mudaste, nada nada. Continuas a querer apenas o mais. Só queres metade de mim, portanto. Como te disse, não percebes mesmo a piada da coisa. Somos dois dipolos, (somos todos dipolos).
Eu quero o teu mais, e fascina-me (por vezes apenas irrita, mas num modo fascinante) o teu menos. Coisa muito arriscada de dizer, não to disse que o pensei (querer-te). Quero o teu menos, e fascina-me o teu mais. No fundo é tudo culpa dos electrões.
Mas gosto de ti como és, demasiado para que voltemos a ser o que antes pensámos que éramos.
Somos sem-definição, e é tão mais saboroso. Com os dois sinais do dipolo. Daqui a muito muito tempo vais perceber.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

É uma jogada perigosa a que estou a fazer, e eu não percebo nada de Poker.
Estou a contar com o bluff, que não sei fazer. E eu não percebo nada de Poker.
Todos os meus trocos estão na mesa, eu cubro a parada, e tu? (Eu não percebo nada de Poker.)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sensação estranha, e muito boa, a de uma oração num templo hindu.
Quero repetir, muito.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011









Se este amor é a prisão,
Sê bem-vindo à masmorra.











(outra letra cujo restante conjunto e respectiva música gostaria de encontrar; fotografia de tempos passados)
só para não acordar como quem adormece

BFachada

domingo, 30 de janeiro de 2011

Já não sonhava contigo há algum tempo. E sonhar contigo duas noites seguidas não é bom sinal, pois não?
Foi a segunda vez, deste aquele dia em Dezembro, que sonhei que me pedias desculpas (nem chegaste bem a pedir desculpas, era mais do tipo: desculpas subentendidas), e que depois de uns beijinhos eu te queria dizer que não, não podíamos voltar, não havia forma de ser tudo verde novamente, não podia haver mais chorões à beira lago para nós, etc. Claro que não era bem isso que me ia na mente no sonho, lá apenas tinha vontade de te dizer que lá por querer sentir o teu calor, não significava que voltássemos a ser namorados. Mas era uma vontade manteiga, que tu derretias, e as palavras que te queria dizer morriam num abraço teu.
Foi a segunda vez.
E não era suposto a tua voz ao telefone (o meu telefone não te ouvia desde aqueles dias em Dezembro) me desse um nó tão grande nas artérias do coração. Não era.
O que era suposto é eu ter pancas, muitas, muito fortes, muito rápidas a chegar e a partir para não haver muito drama. O que era suposto era não me olhares da forma que olhas no único dia por semana em que nos vemos. O que era suposto era não ficares para trás para te meteres na conversa entre mim e aquele rapaz que eu te tinha contado há meses que achava ser giro. O que era suposto era olhares para outras raparigas quando os nossos amigos to dizem para fazeres, e concordares com eles nos elogios atribuídos. O que era suposto era não teres um pescoço tão apelativo. O que era suposto era eu continuar com aquela sensação de poder e independência que tinha no início de Janeiro. O que era suposto era eu não ter tantas vezes aqueles ataques de vontade súbita de ir ter contigo sem avisar, nas minhas tardes livres.
Era suposto tanta coisa.
Tenho saudades de me rir contigo, só contigo. Mas acho que estou apenas a precisar de mimos.

sábado, 29 de janeiro de 2011

há um rio Tejo entre aquilo que eu quero e aquilo que tu queres dar

é parte da letra da música que quero encontrar (encontrar a letra completa também era muito simpático)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Old habits die hard.
Na altura quando ia a concertos com bandas que dizem estas coisas não fazia ideia do significado que hoje encontro nesta afirmação. O provável é que as coisas da vida voltem a mudar esta interpretação, mas continuo sempre a entendê-la.

Hábitos antigos, como tu? Tu não és antigo, foste um hábito aditivo, viciei-me, mas passa, vai passar. Custa a morrer, mas morre.
Hábitos antigos, como o de hoje? Sim, esses sim. Vão ser 13 anos deste hábito este ano, é 63,5% da minha vida. Estes hábitos não são sempre doces, dão trabalho, fazem suar, mas compensam. Este hábito é mais do que um vício, é um modo de vida.
Este hábito vence-te, em qualquer dia.
Já não te volto a chamar meu amor. O.K.?
Vai ser assim quer seja O.K. para ti ou não.

Sabes o que significava O.K. quando surgiu? 0 Killed, irónico?
Soa-me que na nossa situação fomos 2.K.

Não te volto a chamar aquilo porque sou demasiado egoísta para ter um amor de quem não sou amor, dá para perceber? E se estás confuso, e dizes algo que não sentes mas apenas pensas, ou pensas que sentes, ou o que quer que seja... Não me interessa.
Enganaste-me mais uma vez, mais uma vez...
Se da primeira a ilusão era a de conseguirmos fazer o que tínhamos resultar, agora foi igual, mudou o que eu acreditava que tínhamos.
Não conseguimos ser namorados, não conseguimos ter a amizade que pensava que tinha sido o princípio e a base de tudo. Nunca fomos namorados e nunca fomos amigos. Não é agora que vamos ser qualquer um destes.
Viver para aprender. Não gosto de frases feitas, mas fica esta.
Sou muito egoísta, muito. Ou nem tanto assim, só humana. Só te pedia que não tivesses tanta certeza que estava tudo apagado... só te pedia que me deixasses levar o meu tempo a ultrapassar-te (getting over you) e que nesse tempo te mantivesses fiel à ilusão. Ou não, não é boa ideia seres fiel à ilusão porque só irias alimentar o meu engano.
Só te pedia que gostasses de mim até eu te achar completamente desinteressante. Só isso.
É só uma questão de não espetares uma faca e rodares o cabo no meu ego, percebes? Eu sou muito egoísta, já te tinha dito? É suposto gostares de mim até eu deixar de gostar de ti.

Não é pedir muito.
Só queria acrescentar mais uma coisa: fiel à minha ilusão ou não, queria acreditar que guardas a moldura com a foto, e todas as coisas ridículas que te fui escrevendo (ridículo é quem nunca as escreveu), num lugar cuidado e especial, e que de vez em quando as vês com saudades. Mas mais uma vez, a única coisa que me tens mostrado é que em ti não se acredita, quando é que aprendo isso definitivamente?
Só não me tornes uma cínica em tudo isto das relações, por favor.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ele há ironias, ou perversões, ou coincidências, ou whatever o queiras chamas, do fado..
E já te tinha tido que tenho uma crush toda juvenil, meu amor?
Sim, caracóis e tudo.

Aww..
E um dia vais escrever-me isto no teu livro todo cheio de teorias físicas.
E eu irei sabe-lo, num canto do mundo diferente do teu.

Não esperes por algo do género no meu livro.. ou então espera, who knows.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

E quanto mais coisas vou vendo e ouvindo, mais penso que somos demasiado bons juntos, para podermos ficar juntos. Percebes?
Não era justo para com todos os restantes mortais.
Por isso vamos ser dois grandes amigos que para sempre sentirão faíscas quando cruzam o olhar.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tenho uma paixoneta... Tinha saudades de ter 13 anos durante alguns minutos.
Sei que é parvo, e talvez seja do sono...
Mas quis usar outra pessoa há pouco, e não me senti minimamente culpada.
After all, talvez sejas apenas uma boa ocupação de que sinto falta nos momentos vazios.
Estou a esforçar-me por ser uma pessoa menos boa, por ti meu amor.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ontem foi a segunda vez em que estive quase quase para me meter no comboio, e só te telefonar quando estivesse à porta desse sítio onde vives durante o ano lectivo.
Estava aborrecida, mesmo muito.
Da primeira vez que o quis fazer justifiquei a mim mesma essa vontade com um desejo de acordar algo em ti, de te fazer lembrar da altura em que tu te metias num comboio e eu só o sabia quando tocavas à campainha (lembras-te? eu quase não o recordo, parece que foi há uma vida atrás... ou apenas não quero relembrar que um dia a tua mente ardia por mim, e que nunca cheguei a fazer isso por ti).
Desta vez estava aborrecida, e apetecia-me sentir o teu cheiro. Muito aborrecida, tanto.
E pensar que podemos ser amigos tem sido difícil, não sei bem porquê, penso que é por andar aborrecida.
Queria fazer algo parvo, contigo. Mas i guess that isso só ia baralhar ainda mais as coisas, wouldn't it?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Já disse: quero ser fria e cruel contigo, amor.
Mas antes queria avisar-te, passar uma declaração de termos e intenções.
Antes disso ainda, queria ter a certeza de que tenho uma epiderme capaz de me proteger do meu próprio propósito. Isto, meu amor, é que é a minha parte difícil.
Quero que sejas mel comigo, enquanto eu sou fria e cruel.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dou pela minha mente a fugir para a tua aparente doçura, para a personagem que de ti criei.
É só pena que não foi em vão que cheguei até esta distância de ti, acredito seriamente que não será assim tão fácil quebrares-me agora. (Caso umas peças se vão desmanchando com a tua aparência de poética maresia - e elas irão cair, está descansado -, trago sempre cola comigo, e não me importo de a usar.)
Dou por mim com vontade de te usar, porque, recorrendo a palavras parecidas às que o Palma acabou de dizer, és uma fogueira. Mas desta vez quero usar-te sem me deixar prender, sem pensar em ti. Quero ser fria contigo mas sem o notares, cruel mas indolor meu amor.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Pergunta: (aquela que tem andado na minha mente)
Resposta: aqui

sábado, 8 de janeiro de 2011

Não sei bem o que pensar.
A tua mente é um abismo. Já quis saltar para esse escuro imenso, já quis preparar uma expedição de rappel até ao teu núcleo de rocha derretida.
Não entendo os teus mixed signals, não percebo onde queres chegar. Hoje gostei de falar contigo apenas como gosto de falar com um amigo (a única diferença é que és o único amigo cujos abdominais adoro, mas nem isso hoje me atou o estômago).
Estava à espera de sentir como que um passo no vazio, um desamparo... qualquer coisa quando te visse, quando estivesse contigo. Nada. Foi apenas como rever um colega, não muito próximo, ao fim deste intervalo para comemorações cínicas que todos tivemos.
Gostei de falar contigo e de te rever, já disse. Mas querido, estragaste tudo quando caiu sobre ti aquele cinzento de puro pessimismo desmedido, sem objectivos, sem sangue. E não entendas mal, eu sou cinzenta, eu gosto (muito) de cinzento (a minha cor preferida é o verde, nada a fazer). Mas (mas, mas, mas!) hoje não senti nada pelo teu cinzento, para além de pena.
Detesto sentir pena! Sentimento feio, falso, inútil, mesquinho... não preciso de continuar a enumeração.
Talvez não tenhas estragado nada, talvez até me tenhas ajudado. Hoje lembrei-me por que razões não resultámos, não resultamos, e não vamos resultar.
Gosto de ti, gosto do teu cinzento, para sempre vou gostar, não te enganes. Mas hoje consegui perceber que as coisas podem simplesmente acabar, o gostar não é condição necessária e suficiente (e que caiam aqui de AVC todos os apaixonados, os sonhadores, os que vivem nesse - ou desse - mundo de contos de fadas).
Gosto de ti, alpaca, mas sabes que

Acertar à primeira não é humano

(é apenas a essência do romance, e o romance só é romance se for efémero)

Ainda bem que há amigos que nos lembram de versos de músicas para a vida.
E ainda bem que há amigos que esperam por nós, como os que estou a fazer secar agora.
Não! Não é justo 2 alíneas!
Menos justo ainda foram os 4 (quatro!) valores deste exame.
De facto sim, a minha calculadora deve valer o 10 (dez) a que aquele exame, com sorte, corresponde.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

É justo que duas alíneas de um exame de Mecânica de Fluídos I na porra do Técnico tenham apenas como condição necessária e suficiente possuir uma calculadora xpto? A minha velha Casio nem é assim tão velha, e tem cores!
Eu posso arriscar responder: não, não considero justo!
Sei a matéria, sei a matemática, sei como resolver o exercício... mas vou ter de escrever no enunciado que não posso terminar a resposta porque a minha calculadora não é tão boa como a dos meus colegas.
Great.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Não sonho contigo desde o ano passado.
Aparentemente são precisas duas noites consecutivas de sono perturbado, nem acordada nem a dormir, para ter uma noite tão pacífica, dos melhores sonos de sempre.
Hoje sonhei com um rapaz muito interessante, não eras tu.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Acho que deves ter lido aquilo do 'não percebes?' e assim, como gostas de mostrar que percebes as coisas, tomaste uma atitude orgulhosa, como tu sempre fazes. Não te vejo desde esse desafio que te fiz.
Queres que use aquela palavra que dizem tão nossa de Portugal? Estás tão habituado à minha pessoa versão quero-estar-in-love-por-ti... Mas vá, faço a tua vontade, não porque seja TUA a vontade, mas porque gostei de me experimentar nesse modo, gostei de me conhecer a tentar ser doce. E agora sim: tive saudades, mas talvez fossem mais saudades nossas do que tuas, entendes?
Faz parte, e nem foram tantas saudades assim.
Arranjei hoje a discografia do Jorge Palma, e relembrei o que é a ansiedade de um turbilhão de novas possibilidades. Há quem diga que é uma aproximação a uma closure, eu só digo que não foi um dia perdido.