domingo, 30 de janeiro de 2011

Já não sonhava contigo há algum tempo. E sonhar contigo duas noites seguidas não é bom sinal, pois não?
Foi a segunda vez, deste aquele dia em Dezembro, que sonhei que me pedias desculpas (nem chegaste bem a pedir desculpas, era mais do tipo: desculpas subentendidas), e que depois de uns beijinhos eu te queria dizer que não, não podíamos voltar, não havia forma de ser tudo verde novamente, não podia haver mais chorões à beira lago para nós, etc. Claro que não era bem isso que me ia na mente no sonho, lá apenas tinha vontade de te dizer que lá por querer sentir o teu calor, não significava que voltássemos a ser namorados. Mas era uma vontade manteiga, que tu derretias, e as palavras que te queria dizer morriam num abraço teu.
Foi a segunda vez.
E não era suposto a tua voz ao telefone (o meu telefone não te ouvia desde aqueles dias em Dezembro) me desse um nó tão grande nas artérias do coração. Não era.
O que era suposto é eu ter pancas, muitas, muito fortes, muito rápidas a chegar e a partir para não haver muito drama. O que era suposto era não me olhares da forma que olhas no único dia por semana em que nos vemos. O que era suposto era não ficares para trás para te meteres na conversa entre mim e aquele rapaz que eu te tinha contado há meses que achava ser giro. O que era suposto era olhares para outras raparigas quando os nossos amigos to dizem para fazeres, e concordares com eles nos elogios atribuídos. O que era suposto era não teres um pescoço tão apelativo. O que era suposto era eu continuar com aquela sensação de poder e independência que tinha no início de Janeiro. O que era suposto era eu não ter tantas vezes aqueles ataques de vontade súbita de ir ter contigo sem avisar, nas minhas tardes livres.
Era suposto tanta coisa.
Tenho saudades de me rir contigo, só contigo. Mas acho que estou apenas a precisar de mimos.