quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Diz-me

Diz-me que vais ser feliz.
Jura-me que a culpa não é minha,
Nunca foi...
Faz-me crer que foste tu quem decidiu.
Serve-me mais um copo deste líquido que julgo ambrósia,
Diz-me que é isso mesmo,
Diz-me o que quero ouvir...
E nada mais.
Deixa-me assim embalada,
Canta-me os versos mais perfeitos
E persuade a Natureza,
(Gosto da melodia dos pássaros, quando vêm o Sol).
Aconchega-me com um manto estrelado,
Protege-me do frio da noite que vou atravessar,
Agora sozinha.
E deixa-me assim,
A Dormir.
Porque não quero estar lúcida,
Não quero acordar para ver o que fiz.
Não quero ver que não estás aqui,
Não quero saber que fui eu quem te pediu distância.
Deixa-me assim,
Diz-me só que vais ser feliz,
Que a culpa não é minha.
Deixa-me embalada...
A dormir.




Aula de Filosofia
(em que a única coisa que não se faz é Dar A Aula)

2007/01/10