sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Não tenho nada para rascunhar, mas apetece-me.
E isso basta, pelo menos aqui.
Não tenho razão aparente para coisa alguma, mas penso.
E isso basta, pelo menos nesta forma de existir.
Não tenho.
Só tenho a ilusão de ter o que quer que tenho a ilusão de ter, que isso não é para aqui relevante.
Só tenho a sensação que crio, a vida que a imaginação permite.
Mas é um ter que não é de posse.
Possuir? Neste planeta não possuis nada.
Desculpa ter tomado a fala na tua pessoa, vou voltar ao que me compete apenas, não quero que este meu estado de agora, que trata apenas duma momentânea variância do ser, duma estranha e contraditória vontade de ditar, duma provocação a mim; não quero que este meu estado de agora interfira com o teu estado de qualquer outro momento.
Não tenho nada.
Ou melhor: não tenho tudo, o que não implica que tenha nada, mas também não implica que tenha alguma coisa.
Fiquemos assim: sou humana.