sábado, 4 de novembro de 2006

Sexagésima Primeira

" O Sermão da Sexagésima " ?
Não foi nada sequer que se parecesse, mas olhando para trás...
60 edições de texto, multiplicadas pelas dúzias de quartos de horas que cada um levou, tenho aqui investida uma parte (muito?) pequenina da minha vida. E sendo hoje isto de gastar vida com algo, uma raridade, tenho aqui algo que para mim vai construindo o seu próprio valor.
Foi um investimento a branco, sem perspectiva de prazo algum sequer. Não esperava nada de concreto, nada exigi. Toda esta (ainda fraca) estrutura foi surgindo, porque estas letras não nasceram cinzentas; porque antes este espaço era democrático; porque a forma, a intensão, o destinatário, foram tomando formas diferentes, enfim, porque também eu passei para o metro e setenta e seis, (ou lá o que seja); porque também eu ganhei um pouco mais de consciência, à minha maneira, mas ganhei; porque também eu começei a gostar do cinzento ao invés dos espectros berrantes.
Se cresceu comigo? Treze meses, (descontando os meses vazios desta existência, que foram também eles vazios para mim certamente), treze meses não são nada numa vida, (novamente gosto de contradições). Cresceu.
E relendo a sexagésima edição, (não esta, mas a anterior), até faz algum sentido, lá nas " abstractices ".
A minha exitência, a existência deste espaço, é precária! E agora muito seriamente, ao menos a existência deste canto fez-me sentar, acalmar, e pensar um pouco. Não me refiro a resultados brilhantes, ou dignos de leitura, mas fez-me bem. Fez-me bem esta existência, esta precariedade começa a fazer parte de mim.
E queiram os seres do Olimpo que isto se torne natural para mim. Queiram eles.




Engraçado seria saber que alguém ainda gasta também uma pequeníssima parte da sua vida a ler isto. Engraçadíssimo! xD