domingo, 21 de novembro de 2010

Queria ser cientista, depois astronauta, depois piloto, depois engenheira.
(Calma, também já quis ser cabeleireira para tratar dos longos cabelos das minhas barbies, e costureira porque tive a minha fase da máquina de costura. Isto assim já não parece tão snob.)

Entretanto veio a universidade, e o estudo foi a um outro nível. Ok nada do outro mundo, tudo fazível.
Mas ao fazível soma-se a vontade de ser uma pessoa polivalente, ocupada com uma variedade de coisas.
Multiplica-se com um gosto de vida, o Escotismo.
E a anterior vontade de fazer tudo passa a ser o betão que arma toda a construção, mas as fundações balançam porque o terreno não é seguro (não percebo nada de engenharia civil, nada a fazer).
Ter vontade não basta, é preciso tempo. E se há aquelas pessoas que conseguem fazer tudo e parecem ter dias de 36h, eu não sou dessa raça.
Gosto de levar o meu tempo com as coisas, de saborear, de sentir. E tudo isso leva tempo, tempo que com toda esta pressa e correria, não tenho tido.
Não há nada a fazer, foi o mundo para o qual nascemos, este século XXI onde se tem pressa para chegar, pressa para partir, pressa nos intervalos de espera, pressa.
E o meu ponteiro dos segundos tem a mesma velocidade que todos os outros (não!, por acaso até não tem sr.Einstein, mas keep it simple) mas não gosto desta correria. Pelo menos não todos os dias.
É preciso paz, tranquilidade para saborear.
Saborear.

Por enquanto a única coisa a fazer é tentar estar em concordância com este mundo apressado e stressado.
Também acredito que o esforço e trabalho recompensam, eventualmente (fé, muita fé em não-sei-bem-o-quê).

Um dia vou poder ter o meu ritmo, e apreciar melhor a jornada (também a saboreio agora, mas sem dar bem por isso).
Um dia, não muito longe.

Vens comigo?