sábado, 13 de março de 2010

Eu pedi para conhecer os corvos do teu telhado,
Eu pedi para me mostrares o teu lado lunar.
Desde o início quis que soubesses do meu interesse macabro pelo que está para lá, para além das fronteiras - sim, porque ninguém é uma União de Estados, e tu também tens linhas que não deixas pisar por qualquer forasteiro.
Desde o início também quis que soubesses que não tencionava ser rápida a matar a curiosidade, que queria seguir com a brisa - e que a brisa nem sempre passa, e que a brisa por vezes são vendavais, e que a brisa pode muito bem ser a tua respiração, quente e doce.
Querias saber o que se passa, se algo mudou?
Percebi agora mesmo que nada, nada mudou, e simultaneamente tudo se transforma.
Nada mudou no interesse macabro, mas a brisa não é constante. Apenas isso.
A nossa leitura prossegue. Apenas isso.