domingo, 29 de junho de 2008

Apetecia-me ser incomodada por um estômago às voltas com o simples vislumbre da cor de um olhar. Mas parece-me que a última vacina ainda tem os anti-corpos a correr nas minhas veias, (visto assim, o sentido literal até tem sua graça).

"Sou Maior e Vacinada."
Vejamos: vacinada estou; maior, falta-me pouco.

"Senhor doutor, quando é que volto a ficar doente. Sim, doente dessa doença que se caracteriza com sintomas de cegueira, esquecimento, abstenção do mundo real, tonturas, vertigens, enjoos, suores frios, contracção involuntária dos músculos faciais em forma de sorrisos que enchem o rosto por completo, perda de consciência e/ou controlo sobre os próprios actos... e outras coisas que mais. Quando senhor doutor? Qual é a validade destas vacinas que não nos consultam para entranhar no corpo? Alguma vez vou recuperar senhor doutor? Diga-me a verdade, eu quero saber se vale a pena ter esperança! Ou então diga-me algo bonito."

Se não faz sentido, não lamento.
Somos seres assim. Ainda há pouco li uma visão acerca da diferença entre o quere e o ter, o querer e o desejar.
Aí se vê (quase) tudo.