quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Fatalismos. hmpf!










E no final é tudo igual.
Para quê tentar tornar mais humano o pensamento?
Eu queria, eu pelo menos queria ser sensível. Dói ser egoísta; saber que sim, mas não conseguir tornar ideias úteis em acções.
Dói-me, mesmo. Não queria conseguir esquecer tudo tão facilmente.
Porque se todos nos importássemos... Todos saberíamos SER. Eu não sei.
Inútil! Porque sou daquelas pessoas que olham para cima, para o céu; daquelas pessoas que querem descobrir antes o infinito, mesmo sabendo que nem ao seu próximo são capazes de reconhecer humanidade.
É a miséria humana, o fundo mais fundo, mais longíquo, mais escuro, o ponto mais pequeno e despresável; o fundo de um poço que já não verte água há muito. (Terá secado, o poço?)
Dói pensar em tanta coisa. E há segundos... A verdade é que tenho segundos de coragem.
Tenho segundos em que quero mesmo olhar para o meu lado, quero mudar o que tracei para mim, e tornar-me humana.
Dou por mim nesses momentos, a pensar que se larga-se o calor fácil, as cores felizes, a inutilidade destas estúpidas ilusões... Talvez assim percebesse o que é ser feliz.
Mas sou fraca.
Este mundo tem tanto para aprender. Tenho tanto para aprender.
E estamos cada vez mais longe de algum dia entender a verdade...
O facto é, que aprendamos ou não o que é viver; sejamos ou não verdadeiramente humanos; tudo... deixará de fazer qualquer diferença! Porque mesmo que se domem os Homens, e as crises e disputas terminem, o Sol se fartará, o escuro imenso do universo que nunca conheceremos quererá ser luz, e tudo, tudo recomeçará de um Zero, sempre igual.
E no final dos cálculos complexos, deveremos obter uma equação bonita, que dirá que tudo o que fica é este ponto inicial... nada mais.


Argh! Acabei eu de ouvir repetidíssimas vezes que 'A Vida é Bela'.
É? Tem vezes.
Bem... o texto; (a pretensão a), ficou incompleto; não estivesse eu a metade também.
Talvez um dia decida voltar a ele, e constatar o que me vai pela mente em alturas como esta, (não, geralmente não decido ser fatalista pelo Natal). Talvez...
Mas duvido que algum dia consiga por em 'papel' qualquer coisa que se assemelhe ao que sinto, muito menos quando o que mais me perturba é 'porquê continuar assim?' e, 'porque não ir viver para a Gronelândia?'. Ok, ok... a verdade é que só considerei a Gronelândia agora mesmo, (mas também deveria ter um desconto... estive três minutos a ouvir 'A Vida é Bela'). E mesmo não sendo a Gronelêndia 'per si', a ideia deu para perceber (acho).
Porque é que ando tão (mais do que o usual), estranha? Quero férias!
(Ups! Estás de férias... não estás? 'Não, parece.')